A oração ao povo gaúcho e o seu legado: veja o que os santa-marienses pensam sobre o papa Francisco

A oração ao povo gaúcho e o seu legado: veja o que os santa-marienses pensam sobre o papa Francisco

Foto:Giuseppe Ciccia/ Reprodução

Registro do papa Francisco em 2017.

Com os olhos marejados, o guardião do Santuário da Basílica da Medianeira Erival Bertolini, de 77 anos, fala sobre a figura de papa Francisco. A idade possibilitou que Bertolini pudesse ver outros à frente da Igreja Católica, mas foi Francisco que fez com que as pessoas ficassem mais sensíveis às realidades da vida. A morte do popular pontífice, nesta segunda-feira (21), repercutiu em todo o mundo. Os santa-marienses lembram com carinho de quem rezou pelos gaúchos nas enchentes de abril e maio de 2024 e aproximou aqueles com grandes diferenças. 


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Nas primeiras palavras, Bertolini já se emocionou. Ele usa definições concisas sobre o papa Francisco, já que seu feitos falam por si só.

Erival Bertolini.

– Foi uma pessoa que buscou os humildes e os diferentes, porque somos todos irmãos. Foi o que o papa Francisco fez. Foi buscar todas as pessoas e trazer para dentro da igreja. Todos nós somos filhos de Deus, cada um com suas particularidades – acredita Bertolini. 


O aposentado Álvaro Cavalheiro, 79 anos, compartilha da mesma perspectiva. 

– Hospitalidade. Ele transmitia muita coisa boa. É isso que eu tenho a dizer. Ele transmitia luz e indicava um bom caminho. Temos que agradecer ao Criador pelas pessoas que indicam um bom caminho para a gente – enfatiza Cavalheiro. 

Álvaro Cavalheiro


Leia mais:

A prece pelo Rio Grande do Sul 

Em 5 de maio de 2024, enquanto os gaúchos passavam pela intenso episódio climático, que atingiu maior parte do Estado, Francisco manifestou solidariedade aos afetados pelas fortes chuvas, e isso não foi esquecido. 


A mensagem do Papa Francisco em maio de 2024: 

"Quero assegurar a minha oração pelas populações do Estado do Rio Grande do Sul, no Brasil, atingidas por grandes inundações. Que o Senhor acolha os mortos e conforte os familiares e quem teve que abandonar suas casas."


Quem lembra desse episódio é Edilson Belmonte, 72 anos. Para ele, o papa Francisco sempre trouxe assuntos complexos e se posicionava pela igualdade:  

Edilson Belmonte.

– Lembro que ele se preocupou até com o nosso Rio Grande do Sul devido às enchentes. Ele quis saber como estávamos. Ligou até para um arcebispo. Ele era muito humano. Ele era pela paz. 



A união independente das diferenças 

Ainda na segunda (21), dia de sua morte, inúmeras lideranças religiosas se pronunciaram sobre a morte do pontífice. A maioria das homenagens lembrou do esforço de Francisco em unir as diferentes crenças. E a mensagem de união chegou a todos, inclusive, ao fotógrafo Fabrício Martins, d41 anos. Ele torce para que o sucessor mantenha a mesma postura e diálogo de Francisco. 

Fabrício Martins.

– Minha crença é na religião de matriz africana, mas sempre tive admiração por ele, não só por ser da América do Sul, mas por tudo que ele fez por nós. Ele abraçou muçulmano, islâmico, indiferentemente da religião. Deus é único. Que o próximo Papa consiga também manter em pé tudo isso que ele construiu – acredita Martins.  

 A votação para a escolha do sucessor, conhecida como Conclave, deve começar entre os dias 6 e 11 de maio.

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