"Uma família com urgência por viver", descreve mãe resgatada das enchentes de 2024 para dar à luz na região

Fotos: Arquivo Pessoal

Neste domingo de Dia das Mães (11), o movimento na casa da família de Alexandra Coelho Campos, 42 anos será diferente. Se hoje a residência conta com a energia de uma criança em desenvolvimento que recentemente completou 1 ano, é porque venceram as adversidades do isolamento durante as enchentes de 2024 e um nascimento antes da hora. Pérola veio ao mundo em meio ao maior evento climático do Estado e se tornou sinônimo de esperança


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Uma menina esperta, é como descreve os pais Alexandra e William Ribeiro Müller, 37 anos. Pérola cresceu e ao completar um ano no último dia 3 já pesa cerca de 10kg. Bem diferente de quando saiu do hospital prematura, às 34 semanas, pesando 2kg36g e medindo 41 centímetros. Sua vinda, em meio às enchentes do ano passado, transformaram toda a família, incluindo os outros três filhos do casal. 

– Depois do parto, fiquei com a Pérola no quarto por um bom tempo. Ela foi meu porto seguro e vice-versa. Acredito que foi reflexo de tudo que passamos. O tempo foi passando e conseguimos vencer a situação. Eu olho para ela e vejo luz. Luz e amor. Ela tá sempre feliz. A partir dela, valorizo muito mais meu tempo com ela. Todos da famílias passaram a fazer  mais isso – descreve Alexandra. 


Família unida 

A mãe foi resgatada em Restinga Sêca, quando as águas impossibilitaram de sair ou entrar do município. A gravidez de risco exigia acompanhamento hospitalar duas vezes por semana. Com isso, o salvamento realizado pelo helicóptero da Força Aérea Brasileira (FAB) foi crucial. Depois de tudo, a família ficou ainda mais unida, descreve:  

–  A gente ainda não se recuperou 100%. Parece que estávamos em um pesadelo. A gente fica com esse trauma, claro, só que ao mesmo tempo a gente aprendeu muita coisa. Aprendemos a enxergar a vida com outros olhos, a viver cada dia, porque a gente não sabe do dia de amanhã. 


Resgate 

Alexandra foi uma das grávidas resgatada durante as enchentes na Região Central. No mesmo dia 2, uma mulher de 18 anos também entrou no helicóptero. A ação da FAB durou dias. Uma das primeiras a receber ajuda foi Clenir, no interior de Agudo, que ganhou a Ravena.  

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