Pelo menos oito cidades da região registram temperatura negativa no amanhecer de terça-feira

Pelo menos oito cidades da região registram temperatura negativa no amanhecer de terça-feira

Foto: Vitória Parise (Diário)

Em Santa Maria,o amanhecer não foi o mais gelado do ano em virtude do vento. A mínima ficou em 2°C e não teve registro de geada

O amanhecer gelado provocado pela forte massa de ar polar que ingressou no Rio Grande do Sul derrubou as temperaturas, nesta terça-feira (24), na Região Central e, pelo menos, oito cidades registraram termômetros negativos: Tupanciretã (-1,3°C), Nova Palma (-0,9°C), São Gabriel, Cruza Alta, Vila Nova do Sul e São Martinho da Serra (-0,7°C), Santiago e  Itaara (-0,4°C).


+ Receba as principais notícias de Santa Maria e região no seu WhatsApp

Em Santa Maria, conforme o meteorologista Gustavo Verardo, da BaroClima Meteorologia, não foi o início de manhã mais frio do ano. Na estação do Tecnoparque, a mínima registrada foi de 2°C.

– Em Santa Maria, teve um amanhecer peculiar, não é o amanhecer mais gelado por causa do vento – afirmou ele.

A tendência, segundo Verardo, é a cidade registrar temperatura entre 1°C e 0°C na manhã de quarta-feira (25), uma vez que não deve ter vento. Ao longo da semana, de acordo com a BaroClima, em Santa Maria e região, as tardes também serão geladas e as temperaturas devem ficar entre 10°C e 11°C.

Na quinta-feira (26), destaca o meteorologista, não está descartada uma garoa. Já no final de semana, principalmente no sábado (28), a previsão é do retorno da chuva. Em Santa Maria, pode chover 40 milímetros.   


Quem trabalha nas ruas desde cedo, a estratégia é caprichar nos agasalhos

Hélio chega às 5h da manhã para organizar os itens da banca,Foto: Vitória Parise (Diário)


E mesmo antes do sol nascer, acordar cedo para buscar as mercadorias fresquinhas, organizar e abrir a banca faz parte da rotina de muitos produtores que trabalham como feriantes no município. Na Praça Tenente João Pedro Menna Barreto, conhecida popularmente como Praça dos Bombeiros, é onde Hélio Antão Cargnin, 63 anos, vende seus produtos. Além de itens para artesanato, vende ervas e pedras naturais.

— Chego aqui às 5h da manhã. Mesmo com o frio, eu venho cedo porque é bastante coisa para eu montar. Chego cedo, mas sou o último a sair (risos). E nessa época tem que vir bem agasalhado — conta.

Segundo o comerciante, os temperos e ervas são os produtos mais procurados,Foto: Vitória Parise (Diário)


Na banca ao lado, Maria Inês Neves, 71 anos, também estava com tudo organizado e aguardava a clientela chegar. O relógio já marcava 8h, quando o movimento nos arredores da praça começou a ficar mais intenso. Segundo ela, os compradores aparecem a partir das 9h.

Além dos doces, ela também tem toucas, mantas, polainas e outros itens para encarar o frio. Assim como o colega de banca Hélio, ela diz que o truque é caprichar nos agasalhos:

 — Tem que colocar muitas "mudas" de roupa, né? Uma por cima da outra para aguentar o frio. Daqui a pouco, o sol aparece pra ajudar (a esquentar). Ele ainda está meio encabulado — brinca.


Segundo Maria Inês, os clientes começam a chegar por volta das 9h da manhã.Foto: Vitória Parise (Diário)


Na Praça Saldanha Marinho, Sandro Spitzmacher, 52 anos, também chega cedo para organizar os produtos. Entre as opções, estão expostas frutas, verduras, legumes, pães, biscoitos, doces, queijos, entre outros itens indispensáveis para uma refeição saudável ou um bom café colonial. 

Há 12 anos trabalhando nas feiras de Santa Maria em parceria com a esposa, ele conta que fez amizade com muitos dos clientes, e que muitas pessoas passam apenas para cumprimentar e conversar um pouco antes de seguir para o trabalho — e que, mesmo sem comprar nada, esses encontros se tornaram parte da rotina. Ele monta a banca, semanalmente, nas terças e sextas-feiras e vê a estação mais fria do ano aumentar as vendas de pães, bolos, roscas e biscoitos, contribuindo com o faturamento.  

O feirante sempre fica atento para auxiliar os consumidores e oferecer as melhores alternativas na hora da compra.Foto: Vitória Parise (Diário)


E, além de se agasalhar com várias camadas de roupa, o comerciante conta qual o segredo para encarar o frio das manhãs:

— É preciso bastante roupa e coragem. Mas, o primeiro passo é ter vontade de trabalhar. Isso a gente tem, muita. Eu gosto dessa atividade, não tenho medo do frio e nem da chuva.

Na banca de Spitzmacher, a venda de pães, bolos, biscoitos e roscas aumenta no período do inverno.Foto: Vitória Parise (Diário)


Carregando matéria

Conteúdo exclusivo!

Somente assinantes podem visualizar este conteúdo

clique aqui para verificar os planos disponíveis

Já sou assinante

clique aqui para efetuar o login

Após alagamentos em Jaguari, famílias retornam às suas casas e município segue com obras emergenciais Anterior

Após alagamentos em Jaguari, famílias retornam às suas casas e município segue com obras emergenciais

Autor da morte de vereadora de Formigueiro não confessou tudo, diz Polícia Civil, e outras 5 notícias Próximo

Autor da morte de vereadora de Formigueiro não confessou tudo, diz Polícia Civil, e outras 5 notícias

Geral