"Não estamos inventando a roda", afirma autor de comissão especial sobre tarifa zero no transporte público de Santa Maria

Foto: Beto Albert

Como esperado, o debate  em relação à viabilidade de tarifa zero no transporte coletivo da cidade foi potencializado após aprovação de uma comissão especial para tratar do assunto na Câmara de Vereadores de Santa Maria, na terça-feira (8).

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Em entrevista ao programa Bom Dia Cidade (CDN 93.5 FM) desta sexta-feira (11), com apresentação de Alexandre De Grandi e Rogério Kerber, o vereador Tubias Callil (PL), autor da iniciativa, afirmou que a tarifa zero não é uma utopia e precisa ser discutida: 

– Quando nós falamos em tarifa zero, não estamos inventando a roda. Tarifa zero já existe em vários municípios do Brasil. As prefeituras estão assumindo parte destes valores por subsídios, repassados às empresas. Os tempos mudaram. Hoje, são várias possibilidades que fazem o usuário optar por carros de aplicativo, carona, lotação, táxi, mototáxi, atividades que acabam sendo até mais baratas do que o transporte público, o que parece mentira, mas é verdade.

Segundo a Constituição Federal, a responsabilidade sobre o transporte público é dos municípios. A proposta visa, portanto, garantir que o Executivo tenha mais controle sobre como esse serviço impacta a população. De acordo com Callil, a iniciativa prevê que, no primeiro momento, a tarifa zero seja aplicada aos estudantes, professores e domésticas, com o preço da passagem fixa podendo chegar a R$ 2.

– Qualquer for a gestão que esteja à frente do Executivo, vai ter que fazer esse estudo. Vai ter que elaborar algo arrecadatório que possa subsidiar este valor, porque nós não vamos ter outra possibilidade. Ou se faz isso ou não vai ter mais interessados no transporte público. E não estou exagerando, isso vem acontecendo – afirmou o vereador.

Sobre a viabilidade orçamentária do projeto, Callil defende que o valor subsidiado pela prefeitura seja de cerca de R$ 40 milhões. O custo operaciona do sistema, segundo Callil, passa de R$ 80 milhões.

– Hoje, a prefeitura já acena com R$ 26 milhões. Qual a contrapartida que a população tem deste valor? Nenhuma. Não há linhas de ônibus novas, não há renovação da frota e o município já está bancando esse valor. Esse assunto tem que ser tratado o mais rápido possível. Mas de onde vamos tirar recurso para isso? É por isso que montamos essa comissão. Para que o trabalhador sinta no bolso a diferença, nós temos que aumentar esse subsídio – defendeu o autor do colegiado. 

A comissão, que também conta com os vereadores Givago Ribeiro (PSDB) e Helen Cabral (PT), deve se reunir com o prefeito Rodrigo Décimo (PSDB) para discutir o assunto na próxima semana.

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