
Foto: Tales Trindade (Diário)
Segundo a companhia, foi construída uma nova adutora para aumentar a capacitação de água.
A Corsan/ Aegea opera com 50% de sua capacidade de captação de água em Santa Maria, na manhã desta quinta-feira (19). Isso porque três adutoras, que levam a água bruta do Rio Ibicuí até a Estação de Tratamento da Vila Vitória (ETA), romperam e ainda não foi possível chegar até o ponto de captação devido ao volume de chuva.
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— Em torno de 50% da cidade está abastecida, estou produzindo água para isso (50%). Alguns bairros, parte está abastecida, parte não. Mas não quer dizer que 50% da cidade esteja desabastecida, em alguns pontos, há desabastecimento — afirmou o gerente, enfatizando que há caminhões-pipa para suprir a falta de água em hospitais, presídios e escolas, além de que é feito um rodízio nas regiões do município para evitar desabastecimento.
Na manhã desta quinta, em entrevista ao Bom Dia, Cidade!, o gerente regional de Relações Institucionais da Corsan na Região Central, André Finamor, disse que a companhia trabalha com cerca de 60 profissionais, 24 horas, e construiu uma nova adutora para aumentar a capacitação de água e a expectativa é que, ao final do dia, a capacidade de abastecimento na cidade atinja 95%.
— A ideia é que no final do dia todos os bairros possam estar abastecidos. No final do dia, com as novas três bombas que serão instaladas, é ter 95% da produção necessária de água para abastecer toda a cidade — projeta Finamor.
Na quarta-feira (18), a equipe, composta por cerca de 50 trabalhadores que se revezam, construiu uma adutora provisória para aumentar a capacidade do transporte de água. Do contrário, segundo Finamor, a Corsan só contaria com o reservatório da Barragem do DNOS, responsável por menos de 30% do abastecimento da cidade.
O gerente explicou que, ainda, não foi possível fazer o conserto das adutoras, uma vez que “o acesso ao rio está comprometido”. “Há quatro pontos inacessíveis”, completou Finamor. Na quarta-feira, uma das novas bombas instaladas acabou danificada pela força da água do Ibicuí. “O rio está pior, as bombas estão bem mais danificadas”, frisou o gerente da empresa em um comparativo com as enchentes do ano passado. Segundo ele, a situação em relação ao abastecimento só não teve o maior impacto porque “deixou bombas e esperas prontas”.
Sobre as barragens da companhia, ele enfatizou que há um monitoramento constante e tranquilizou a população:
— Não apresentam qualquer risco as barragens, não existe colapso nenhum.
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