Aulas do primeiro semestre do curso técnico em Paisagismo da UFSM não serão retomadas

Aulas do primeiro semestre do curso técnico em Paisagismo da UFSM não serão retomadas

Foto: Beto Albert

Em reunião realizada na manhã desta quarta-feira (7), integrantes do curso técnico em Paisagismo e do Colégio Politécnico da Universidade Federal de Santa Maria decidiram não retomar as aulas das disciplinas do primeiro semestre do curso. Com isso, não há previsão de quando os estudantes que estavam no acidente com um ônibus da instituição em Imigrante poderão retornar às atividades acadêmicas. A informação foi confirmada pelo vice-diretor do colégio, Moacir Bolzan.

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Já os alunos do terceiro período do curso, que tem duração de três semestres, voltam às aulas na próxima segunda-feira (12). Estudantes em estágio podem continuar suas atividades. Conforme informado pelo Politécnico na última semana, será feito um levantamento para confirmação da etapa em que o estágio se encontra e serão reorganizados os supervisores e orientadores de acordo com as necessidades.

Um novo debate entre integrantes do curso deve ser realizado em agosto, para reavaliar a situação. Uma reunião com Reitoria, Ministério Público e outros órgãos será marcada para cobrar celeridade nos processos de atendimento médico, psicológico e indenizações aos feridos e aos familiares das sete vítimas fatais.


Relembre o acidente

Um ônibus com estudantes da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) caiu em uma ribanceira de 52 metros de altura, perto do trevo de acesso ao município de Imigrante, na região do Vale do Taquari, na manhã de 4 de abril, e deixou sete mortos e 26 feridos. Todas as vítimas fatais eram calouras do curso de Paisagismo do Colégio Politécnico da instituição.

No total, 33 pessoas — estudantes, professoras e o motorista — estavam em uma excursão que faria visita técnica ao Cactário Horst (espaço dedicado ao cultivo de cactos e suculentas), em Imigrante, quando o acidente aconteceu. Uma das teorias da causa do acidente seria falha nos freios. O ônibus pertencia à UFSM, mas o motorista era terceirizado.

As despedidas das vítimas fatais Dilvani Hoch, Fátima Eliane Riquel Copatti, Flavia Marcuzzo Dotto, Janaina Finkler, Marisete Maurer e Paulo Victor Estefanói Antunes foram realizadas em Santa Maria, São Pedro do Sul, Vale Vêneto (distrito de São João do Polêsine), Estância Velha e São Martinho da Serra. Elizeth Fauth Vargas foi sepultada em Passo Fundo.


Duas pessoas seguem hospitalizadas 

Um mês após o acidente com ônibus da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), que tombou no Vale do Taquari, duas pessoas seguem internadas. Em Santa Maria, no Hospital Astrogildo de Azevedo, está Fernanda Gonçalves de Menezes, 45 anos. Em Lajeado, Emerson Andrade dos Santos, 26 anos, segue internado no Hospital Bruno Born. Ambos estão estáveis e sem previsão de alta. 


Investigação

De acordo com o laudo pericial do Instituto-Geral de Perícias (IGP), a perícia mecânica apontou uma falha no sistema de acionamento dos freios, causada por desgaste excessivo em uma das rodas. 

A condição foi classificada como falha de potencial catastrófico. O relatório também informou que todos os equipamentos de segurança obrigatórios, como cintos de segurança, estavam presentes no ônibus. O inquérito policial que apura as circunstâncias do acidente segue sob responsabilidade da Polícia Civil, que continuará com as investigações.

Uma sindicância interna também foi aberta na UFSM, liderada por dois engenheiros mecânicos. O objetivo é investigar as condições da frota e fazer uma avaliação dos procedimentos da instituição no que diz respeito ao transporte de alunos e professores. Em última manifestação sobre o acidente, o reitor Luciano Schuch, comentou sobre os aspectos identificados no laudo do IGP. Conforme ele, as informações serão usados na sindicância. Schuch ainda reforça que o ônibus passou por uma revisão preventiva em setembro de 2024, feito por uma empresa credenciada, no custo de cerca de R$ 14 mil. “Desde então, o veículo percorreu aproximadamente 10 mil quilômetros até a data do acidente”, disse a instituição em nota.



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