Tentativa de homicídio

'Ele queria terminar de me matar', diz jovem que foi esfaqueado em posto de saúde

Naiôn Curcino

O dia 8 de julho de 2015 ficará marcado na memória de John Lennon Geraldo da Silva, 24 anos. Por duas vezes, ele conseguiu escapar da morte. Apesar dos ferimentos graves, mais de 12 pontos na cabeça, um osso do pulso quebrado e um tendão rompido, ele comemora o fato de ainda estar vivo. O jovem foi esfaqueado duas vezes, nesta quarta-feira, por Carlos Eduardo Silva da Silva, 31 anos, no bairro Tancredo Neves.

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Por volta das 8h, a vítima caminhava pela Rua Luiz Stover, quando foi atacada pelo suspeito com uma faca. Ele teve cortes na mão e na cabeça. John Lennon conseguiu fugir e pedir socorro no Posto de Saúde Ruben Noal, que também funciona como pronto-atendimento. Enquanto era atendido, o agressor invadiu o local e passou a agredi-lo novamente com uma faca, com golpes na cabeça. Após a gritaria dos funcionário do local, Silva saiu tranquilamente, entrou no seu carro e, logo em seguida, foi preso em casa, no bairro Cipriano da Rocha.

John Lennon foi transferido para o Hospital Universitário de Santa Maria (Husm). Ele não corria risco de morte, mas, ontem à noite, passaria por uma cirurgia para tentar reconstruir os tendões da mão.

– Tinha saído do apartamento do meu pai, largado a minha filha na creche e estava saindo do mercado. Ele passou de carro por mim, e cumprimentei ele. Ele parou o carro, desceu com uma faca e veio na minha direção e começou a me agredir. Tentei me proteger com a mão. Aí, consegui derrubar ele e pensei em correr para dentro do mercado, mas ele ia vir atrás. Ele queria terminar de me matar – recorda a vítima.

Ao ser preso em flagrante, o suspeito assumiu a autoria das agressões e disse que esfaqueou John Lennon porque ele teria furtado um notebook e R$ 700 de sua casa. A vítima nega ter participado do furto ou saber do paradeiro do objeto e do dinheiro.

– Ele queria que eu desse conta das coisas que roubaram da casa dele. Só que eu estava no meu pai, não tenho nada a ver com isso. Falei que não tinha como explicar, que recém havia deixado minha filha na creche. Eu conheço ele faz tempo, a gente era amigo, sempre nos cumprimentávamos. Não sei o que aconteceu. Ele só falou desse negócio do roubo e já começou a

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