Educação

Escolas estaduais retomam aulas, mas já têm duas paralisações marcadas

Os alunos da rede estadual de ensino voltam à sala de aula nesta segunda-feira, após 94 dias da greve de professores e funcionários de escola. A decisão de suspender a greve foi tomada na última sexta-feira pelo Cpers/Sindicato que, por votação, já havia apontado pela volta das atividades. As assembleias regionais, nos dias 6 e 7, demonstraram que dos 42 núcleos do Cpers, 30 apontaram pela suspensão da greve, 10 pela continuidade e dois acataram a decisão da assembleia geral. Foram 94 dias de paralisação, a segunda maior greve da educação do Estado dos últimos 30 anos.

Apesar do retorno, a entidade adianta que fará pelo menos duas paralisações. A primeira, no próximo dia 20, em prol do pagamento integral do 13º salário e contra os projetos que mexem com direitos dos servidores públicos. A segunda será no dia da votação da reforma da Previdência, ainda sem data prevista. 

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Segundo a diretora do 2º núcleo do Cpers/Sindicato em Santa Maria, Giane Lara, as atividades devem retornar em praticamente todas as escolas e cada uma deve montar o seu calendário de recuperação.

- A orientação é que cada direção de escola planeje a sua forma de recuperação, já que algumas tiveram adesão parcial à greve, ou em períodos diferentes durante os 94 dias. Há uma ressalva por liminar da Justiça para que aqueles colegas que não têm condições financeiras de se deslocar até o local de trabalho que só façam isso quando receberem o salário - afirma Giane.

Foto: Charles Guerra (Diário)/Atingida por temporal em outubro, Coronel Pilar é a única que não deve retomar atividades nesta segunda-feira

De acordo com Giane, a única escola que não poderá receber os alunos é a Coronel Pilar, que teve o prédio atingido pelo temporal de 19 de outubro e ainda não foi reestruturada. Isso é motivo de preocupação para os pais, como a dona de casa Silvia Campestrini, 50 anos. O filho dela, Frederico, está no 3º ano do Ensino Médio e ainda não sabe se poderá cursar a faculdade.

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- Ainda não sei o que vai acontecer, se ele vai perder o ano, até quando terá aula, e ainda tem a questão dos documentos para ingressar na faculdade, pois ele já fez até o vestibular - diz Silvia.

Segundo Giane Lara, há um acordo com o Ministério Público para que nenhum estudante seja prejudicado por causa da greve, na forma de expedição de certificados e atestados de conclusão como provável formando, e também para que as instituições de Ensino Superior aceitem esses documentos até que seja concluído o Ensino Médio.

O titular da 8ª Coordenadoria Regional de Educação (8ª CRE) não foi localizado, neste domingo, para falar sobre o retorno às aulas.

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