Prefeito Schirmer e deputados de Santa Maria comentam processo de impeachment de Dilma

A decisão do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), de acatar a abertura do processo de impeachment de Dilma causou alvoroço no país. Em Santa Maria, o "Diário" procurou o prefeito Cezar Schirmer (PMDB) e os deputados Jorge Pozzobom (PSDB), Paulo Pimenta (PT) e Valdeci Oliveira (PT) para repercutir essa decisão polêmica.

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Pimenta disse que o PT vai recorrer da decisão no Supremo Tribunal Federal e no Congresso, pois alega que Cunha não tem legitimidade para pedir o impeachment e que não há crime cometido por Dilma.

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Já Schirmer alega que, em visitas recentes a Brasília, nunca tinha visto um Congresso tão hostil a um presidente da República e afirmou que é difícil fazer um prognóstico do resultado da votação do impeachment. Confira abaixo a íntegra das opiniões.

Razões para impeachment são inconsistentes, diz Dilma

AS OPINIÕES

“Isso se constitui num jogo de troca e de chantagem. O Poder Executivo está muito vulnerável e o Cunha também. Numa dessas, aceito o impeachment só para se vingar do PT. Isso tira um pouco da legitimidade dele. Afora, é um processo doloroso e difícil.
Estive em Brasília e, politicamente, nunca vi um presidente da República (Dilma) ser tratado com tamanha hostilidade no Congresso. Collor não tinha base parlamentar alguma. Dilma pode não ter o povo, mas tem base parlamentar, resta saber se será fiel, pois até parte do PT parece que quer ela fora. Duvido que alguém faça um prognóstico do resultado.  Vamos viver uns meses de grande tensão e de espetáculo, com grandes surpresas a cada hora. Desejo que tudo saia bem e que o país saia aliviado”
Cezar Schirmer,
prefeito de Santa Maria (PMDB)

“É importante que isso tenha acontecido, pois o Brasil e o Congresso estavam sendo submetidos a um processo de chantagem. Cunha é um indivídio que responde a vários processos, que tem contas não declaradas na Suíça e vinha estabelecendo essa chantagem. Se não fosse o que ele queria, não tinha Orçamento, se não fosse o que ele queria, nada saía. Quando ele percebeu que não tinha votos suficientes para escapar da cassação, abriu o impeachment e está utilizando a estrutura da Câmara como instrumento de defesa. Vamos questionar isso no Supremo e no Congresso, pois é um processo com causas espúrias, e falta legitimidade a ele para tratar disso.”
Paulo Pimenta,
deputado federal (PT)

“O que o Cunha fez foi uma chantagem absurda, a população inteira viu isso. Não há fato concreto para o processo. E vem de uma pessoa que a sociedade não aceita. Nesse momento, é fora de objetivo, fora de critérios, através da chantagem. Mas é uma questão grave e séria, pois acabará agravando a crise política e que pode paralisar o governo e prejudicar programas sociais. Não basta o impeachment, tem de ter alternativa.”
Valdeci Oliveira,
deputado estadual (PT)

“Com as pedaladas fiscais reconhecidas pelo Tribunal de Contas da União, foi caracterizado o crime de responsabilidade. Assim, o Congresso está autorizado a abrir um processo. Tem que ficar claro que não é cassar o mandato dela direto mas, sim, responder todo o processo, com direito a defesa e, depois dis"