Final de ano com oportunidades de emprego em queda

O comércio deve gerar menos da metade das vagas temporárias neste ano em relação a anos anteriores. Conforme o Sindicato dos Lojistas do Comércio Varejista (Sindilojas-SM), das 700 vagas normalmente geradas, neste ano, o número não deve chegar a 300. A expectativa negativa é resultado de um ano ruim em vendas e também nas perspectativas pessimistas para 2015.

O Natal continua sendo uma grande aposta para a retomada das vendas que vem ocorrendo, ainda de forma tímida, mas boa parte das lojas adaptará a equipe para atender aos clientes extras. Situação diferente da vivenciada nos clubes da cidade. Começa a temporada e eles tiveram de manter as contratações do ano passado. Juntando com outros setores, no total, 1,6 mil vagas temporárias devem ser abertas nesse final de ano.

Em outros anos, a contratação começava no fim de outubro, mas, até agora, as agências da cidade receberam poucas empresas. No centro da cidade, também são poucas as lojas com cartazes anunciando vagas.
- Os empresários estão mais cautelosos. Não se sabe o que a economia trará para o futuro, então há um cuidado maior para ver as estimativas de vendas, do fluxo de consumidores e se a empresa dará conta do adicional de salários a pagar - explica o psicólogo responsável pelo CDL Emprego, Marco Zillig.

Mesmo assim, quem está à procura de trabalho para o período de férias ou aposta na efetivação depois desse período de experiência pode deixar seu currículo na agência da Fundação Gaúcha do Trabalho e Assistência Social e Sistema Nacional do Emprego (FGTAS/Sine), no Sindilojas, na CDL Emprego e em empresas especializadas, como a Futura e a Ello.
- Muitas empresas têm contratação direta, então fica difícil estimar o total de vagas que serão abertas. Porém é visível uma diminuição da oferta de emprego - comenta Jorge Maretoli, coordenador do Sine.

Procura começou nos clubes

Em clubes como Dores, ATC e Socepe, as contratações já começaram e continuarão. Em alguns locais, há falta de interessados. E a chance de efetivação é grande. Conforme a psicóloga do Clube Dores, Maria Cecília Cinel Vesenick, um em cada cinco temporários acaba ficando no fim da temporada. Até agora, o clube já contratou cerca de 40 pessoas.