Volta às aulas

Cortes no orçamento levam servidores à paralisação na UFSM

Gabriela Perufo

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A Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) voltou às aulas nesta segunda-feira com um ingrediente diferente neste ano se comparado aos demais. Para alunos, professores e funcionários, o corte de 33% no orçamento da Federal significará economia em luz, água, diárias e viagens. A economia, pedida pela reitoria da instituição, preocupa a comunidade acadêmica, que ainda não sabe bem como irá ajudar nessa tarefa doméstica.

— Hoje, a professora já explicou que terá mudanças na aula prática, só não sabemos ainda como será — conta Francieli Bellé, 19 anos, acadêmica do 4º semestre de Farmácia.

— A universidade já é precária, aí tem essa questão. Também vamos ter de tirar xerox de tudo, antes alguns professores distribuíam material — conta Débora Lavarda, 20 anos, colega de Francieli.

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E é por causa do corte que os servidores não irão trabalhar nesta terça-feira e se reunirão no auditório do prédio 18. Restaurante Universitário, biblioteca e outros serviços não devem funcionar por causa disso. Os funcionários também protestam por reajuste salarial.

— Os cortes na educação pegou não só a UFSM, mas todas universidades públicas. Temos um calendário de mobilização para negociação com o Ministério da Educação para assuntos como a carreira, mas os cortes na educação também entram na discussão — esclarece Ricardo Norberto Feuerharmel, coordenador geral da Associação dos Servidores da UFSM (Assufsm).

O Diretório Central dos Estudantes (DCE) também está preocupado com possíveis reduções em benefícios para os estudantes, mas aguarda para saber como será o impacto da contenção de gastos.

— O corte foi inesperado, já que ao longo dos últimos anos o investimento cresceu. O que nos preocupa, especialmente, são os assuntos de assistência estudantil — explica Lucas Leismann, 22 anos, coordenador de comunicação do DCE.

A reitoria já anunciou que as obras novas — como a ampliação e a reforma da Casa do Estudante e do RU — estão congeladas até que o orçamento seja votado.

O reitor da UFSM, Paulo Burmann participa, na quinta-feira, de reunião da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) em Brasília, onde o assunto deve ser pautado. Burmann adianta que um "desfecho concreto" sobre o tema só acontecerá após a votação do orçamento, que ainda não tem data definida.

— Já pedimos, em nota oficial, a colaboração da comunidade na redução das despesas. Estamos trabalhando com um planejamento dos investimentos, mas ainda não há nada concreto para apresentar.

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