Já faz sete anos que a construção do centro de eventos, no Centro Desportivo Municipal (CDM), começou, e a prefeitura não estabelece prazos para a conclusão da obra. Nesta terça-feira, a Secretaria de Desenvolvimento Urbano deve entregar à Caixa Econômica Federal, gestora dos recursos federais, os novos projetos arquitetônicos e o protocolo de submissão do plano de prevenção contra incêndio (PPCI) aos bombeiros.
Quando a Caixa der o aval, o prédio do centro de eventos poderá ser completamente coberto. Enquanto a obra não recomeça, o piso térreo continua servindo de pista de skate e bicicleta.
Conforme o superintendente de elaboração de projetos José Antonio de Azevedo Gomes, responsável pelo andamento da obra, assim que a prefeitura receber a aprovação da Caixa, a conclusão da segunda e da terceira etapas levará no máximo 30 dias:
Dessas fases, faltam algumas concretagens e a colocação do telhado nos oitões. A partir de agora, a principal pendência é a aprovação do PPCI pelos bombeiros, que não tem prazo para ocorrer.
Essas duas etapas serão completadas pelas empresas já contratadas, a Metalúrgica Modelo (telhado e estrutura metálica) e a Construtora Pasqualotto (concreto). Na última sexta-feira, a prefeitura submeteu aos bombeiros o projeto do PPCI (a previsão era que isso ocorreria em novembro).
Depois da cobertura, ainda ficam faltando a construção de parte dos banheiros, acabamentos e a instalação dos equipamentos de segurança a incêndio.
Os banheiros e o PPCI precisaram ser incluídos no projeto no ano passado, por causa de uma nova exigência do governo federal. Agora, os prédios custeados pela União devem, assim que prontos, estar em condições de uso. Essa etapa deve custar R$ 200 mil e será licitada pela prefeitura nos próximos meses.
Para os acabamentos, a prefeitura já tem dinheiro garantido: em janeiro, o Ministério das Cidades destinou R$ 3,5 milhões para a finalização do prédio.
Inacabada, obra é usada para outros fins
A dona de casa Ana Vieira, 50 anos, criou há pouco tempo o hábito de fazer caminhadas na pista do CDM, ao redor do centro de eventos. Mas ela já sabe que deve evitar certos horários por conta da segurança:
Fica escuro junto ao prédio e já me disseram que é perigoso, pois qualquer um pode entrar.
O acesso ao prédio inacabado é livre. E os principais frequentadores são skatistas, que levaram rampas e equipamentos de madeira para o local e passam o dia praticando o esporte.
A atividade é acompanhada de perto pela Secretaria Municipal de Esportes, conforme a assessora Larissa Mayer. Segundo ela, o lugar é o preferido pelos skatistas, inclusive em detrimento da pista de skates existente do lado de fora do prédio.
Apesar da presença dos skatistas, das pessoas que caminham no local e da vigilância da Guarda Municipal, que fecha os portões do CDM diariamente, o vandalismo vai, aos poucos, deteriorando o prédio. São pichações, buracos em paredes, lixo acumulado e vestígios de moradores, que as empresas terão de limpar quando a obra recomeçar.
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