marcou gerações

A história da tradicional sorveteria que fechou as portas no Calçadão após 45 anos

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Foto: Lauro Alves (BD - BD 25/11/2004)
Foto de novembro de 2004, feita para uma reportagem do Diário, mostra o movimento de clientes na sorveteria Woltmann, que funcionou no Calçadão de Santa Maria desde a fundação em 1977

Muito mais do que um negócio, a Sorveteria Woltmann fez parte de incontáveis histórias de vida. Afinal, nos últimos 45 anos, quem nunca passou pelo Calçadão de Santa Maria e degustou um sorvete ou um churros desse empreendimento que começou as atividades em 1977?

Momentos até então considerados rotineiros em meio à correria do dia a dia, hoje fazem parte das melhores lembranças. Isso porque o local encerrou as atividades no início de março deste ano.

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Tudo começou com a produção de churros, que eram, praticamente, uma novidade em Santa Maria. O produto artesanal, sempre quentinho e recém--preparado, confeccionado pela família, começou a ser vendido em frente ao tradicional ponto, onde o empreendimento ficou por cerca de seis anos. Filho de imigrantes alemães, Osmar Woltmann, hoje com 82 anos, trouxe a ideia de Curitiba, no Paraná, e criou a receita própria.
Porém, não parou aí. Dois anos após, iniciou a fabricação do próprio sorvete. Tudo elaborado com perfeccionismo.

- Foi uma oportunidade que ele viu e resolveu fazer. Ele nos colocou para trabalhar, desde pequenos, no negócio. A gente cresceu aprendendo com ele. Eu tenho seis irmãos. Isso pagou nosso estudo, a gente cresceu ali. Eu tenho três irmãos médicos. Isso foi graças ao trabalho do meu pai. As meninas estudavam para a faculdade enquanto trabalhavam na sorveteira - conta Carlos Ricardo Lemes Woltmann, 34 anos, filho de Osmar e responsável pela sorveteria.

style="width: 100%;" data-filename="retriever">Foto: Arquivo Pessoal
Filho de imigrantes alemães, Osmar Woltmann, 82 anos, abriu a sorveteria na cidade, negócio que repassou aos filhos

A Woltmann sempre funcionou no Calçadão. Apenas mudou de endereço ao longo dos anos. De acordo com Carlos, o valor dos aluguéis no Calçadão e a pandemia foram fatores que acarretaram no fechamento do negócio que dependia, em grande parte, das pessoas que tinham uma rotina no principal ponto do comércio da cidade. Além disso, Carlos menciona, entre os vários fatores, a reforma do Calçadão em um momento de reabertura do comércio, que reduziu o movimento.

- A gente já teve prejuízo nesse primeiro ano de pandemia. Estava tudo fechado. Não tinha como continuar tocando, por mais que tente vender com delivery ou coisa do tipo, ainda assim, não sustentava o ponto no Calçadão. Foi um período longo. Tudo fechado. A gente depende muito desse movimento do verão, do inverno, das pessoas que trabalham no Calçadão - relata.
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Foto: Renan Mattos (Diário, BD 10/05/2021)
Ficou com saudade dos churros? A receita trazida de Curitiba na década de 1970 ainda é vendida na Rua do Acampamento

PLANOS PARA O FUTURO
Para quem ainda quiser degustar os tradicionais churros, tem como opção o ponto de João Alberto, irmão de Carlos, na Rua do Acampamento. A receita é a mesma criada por seu Osmar.

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Em relação à fábrica de sorvetes, ela ainda existe. A expectativa de um dos irmãos é retomar a comercialização dos produtos da marca próximo ao verão, na Rua Duque de Caxias.
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Foto: Marcelo Oliveira (Diário)
De uma família de sete irmãos, Carlos Ricardo Woltmann é o que comandava a sorveteria do Calçadão.

Já Carlos, que também trabalha com construção civil, revela que, se surgir um ponto bom, poderá reabrir a sorveteria futuramente.

- Eu gosto muito do negócio, tradicional da família. Fico muito feliz com o carinho de todos. Agradeço a confiança que sempre colocaram na gente - finaliza o empresário.

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