Foto: Emater (Divulgação)
Enquanto a safra de verão é finalizada no Rio Grande do Sul, os produtores gaúchos se preparam para implantar as culturas de inverno e encaminham financiamentos para aquisição de insumos. Em regiões como Alto Jacuí, Celeiro e Noroeste Colonial, há perspectiva de aumento de áreas a serem cultivadas com trigo.
De acordo com a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), na quinta-feira, a colheita dos grãos de verão segue no Estado e atinge os 78% das áreas implantadas nesta safra nas culturas de soja e de milho.
No arroz, a safra está bem adiantada, chegando a 86% do total das áreas colhidas, com boa produção e produtividades que variam de 6.800 a 7.794 quilos por hectare. Já a colheita do feijão 1ª safra foi encerrada nos Campos de Cima da Serra, com rendimento de 2,5 mil quilos por hectare e, na região Sul, a safra foi finalizada, com produtividade de 1,2 mil quilos por hectare. A segunda safra de feijão segue em colheita, totalizando 23% da área, estando ainda 15% maduro, 35% das lavouras em enchimento de grãos, 19% em floração e 8% em germinação e desenvolvimento vegetativo.
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FRUTÍCOLAS
Na Serra, os produtores de caqui estão em plena colheita, tanto do Kyoto, variedade de polpa escura, quanto do Fuyu, fruta também conhecida por "chocolate branco", alcançando 30% do volume produzido. Os frutos apresentam boa sanidade e calibre (diâmetro) avantajado. Parte considerável de frutas da Fuyu, em função de calibre acima da média, apresenta descolamento do cálice, anomalia fisiológica que, em função da intensidade, pode afetar irremediavelmente a qualidade do caqui, tornando-o imprestável para a comercialização.
A produtividade da presente safra, que já vinha sendo estimada abaixo da média histórica, sofreu mais um forte impacto, justamente na última fase a campo, a colheita. O temporal ocorrido no último final de semana atingiu áreas de grande cultivo da frutífera nos municípios de Farroupilha, Bento Gonçalves e Caxias do Sul, afetando 225 hectares e danificando mais de 2.100 toneladas de frutas praticamente prontas para colheita. Esse volume representa quase um quarto das 10 mil toneladas de frutos que havia nos pomares. Os diospirocultores mais conscientes e menos impactados com as perdas já realizam a coleta das frutas danificadas. Alguns deles vendem para a extração das sementes, destinadas à produção de mudas, outros enterram as frutas danificadas pelo temporal, prática cultural indispensável para a redução de futuros problemas fitossanitários. O preço médio na propriedade é de R$ 1,50/kg.