
Segundo esporte mais praticado do mundo, o xadrez é conhecido por aprimorar a memória e a construção de estratégias de seus praticantes. Semanalmente os alunos da Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Pinheiro Machado podem aprender e praticar o esporte durante a oficina de xadrez do professor de educação física Darcy Oliveira da Silva. A iniciativa faz parte do projeto Educação em Jogo, idealizado pelo Instituto de Radiologia São Lucas com apoio da prefeitura de Santa Maria e do Corintians Asiba.
Todas as terças-feiras, alunos do 6º ao 9º ano, se reúnem para aprender os movimentos de cada peça do tabuleiro. O método de ensino foi criado pelo mesmo professor, que consiste em numerar as peças e elencar conforme a dificuldade de cada uma delas. No ramo há 10 anos, ele possui curso de arbitragem de xadrez e publicou o manual Xadrez Escolar Kids (XEK), o qual aplica nas oficinas.
– Eu uso uma estratégia de “mini jogo” para fracionar as peças do xadrez. Na primeira aula, o aluno começa com o mini jogo do peão, e conforme ele vai evoluindo com os peões, a gente vai acrescentando peças. Depois vamos movimentando a torre, o bispo e assim por diante. Em certo ponto, eles vão para peças mais complexas, como o cavalo – explica o professor Darcy
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Conforme a evolução dos alunos, são projetadas participações em eventos e competições da cidade. Segundo a técnica elaborada pelo professor, para chegar neste nível, é preciso ao menos dois anos de práticas e dedicação.
Entre os alunos da oficina, está o Douglas dos Santos, de 14 anos. Estudante do 9º ano, ele é um dos alunos assíduos da oficina e já tentou influenciar amigos e familiares praticarem com ele.
– Eu assistia vídeos no YouTube e olhava bastante coisa de xadrez, aí quando teve a oficina eu achei bem interessante – conta o Douglas.

O PROJETO
A iniciativa do Instituto de Radiologia também promove oficina de basquete na mesma escola. O objetivo, além do desenvolvimento intelectual e de bem-estar das crianças, é de oferecer alternativas nos turnos inversos das aulas, fazendo com que os alunos passem mais tempo dentro da escola.
– A ideia é que esse projeto se perpetue. A gente até pensa que se cada empresa adotasse uma escola nós poderíamos fazer vários projetos de contraturno que façam com que as crianças passem mais tempo aqui – reflete Marília Miranda Volkweis, administradora o Instituto.
Eduarda Costa, [email protected]