
Nesta quarta-feira, a Polícia Federal deflagrou uma operação batizada de “Acesso Pago” que tem como alvos o ex-ministro da Educação, Milton Ribeiro, e pastores suspeitos de montar um esquema para liberação de verbas do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), autarquia vinculada ao Ministério da Educação (MEC). As informações foram divulgadas pelo jornal Folha de S.Paulo.
A Polícia Federal cumpre mandados de busca e apreensão nos endereços dos suspeitos. Dentre os pastores vinculados ao esquema, estão Gilmar Santos e Arilton Moura. Além dos desvios na pasta, também há suspeitas de cobrança de propina.
Ao todo, são cumpridos treze mandados de busca e apreensão e cinco prisões preventivas nos estados de São Paulo, Goiás, Pará e Distrito Federal, além de medidas cautelares como a proibição do contato entre os envolvidos na operação.
Entenda o caso:
O inquérito foi aberto em março, após um áudio divulgado pelo jornal O Estado de S. Paulo, onde foi descoberta a existência de um “gabinete paralelo” dentro do MEC, controlado pelos pastores.
Alguns dias depois, o jornal Folha de S.Paulo divulgou um áudio em que Ribeiro afirmou que repassava verbas para municípios indicados pelo pastor Gilmar Silva, a pedido do presidente Jair Bolsonaro.
Após a liberação dos áudios, Ribeiro pediu exoneração do Ministério da Educação.