"Estou frustrado pela falta de apoio", diz presidente do Inter-SM que não seguirá no cargo em 2025

Foto: Beto Albert

Mandatário alvirrubro lamenta a falta de patrocinadores e de mais associados

O presidente Pedro Della Pasqua não será candidato à reeleição no Inter-SM. Na reunião do Conselho Deliberativo do Alvirrubro, na segunda-feira (23), por cerca de 30 minutos, o mandatário explanou para os conselheiros os motivos que o fazem não querer dar continuidade no comando do clube. O principal deles é a falta de apoio das empresas.


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– Tivemos empresas que nos ajudam, mas muito aquém do que o clube precisa. O futebol se faz com dinheiro e é bastante caro. Nós conseguimos algumas verbas por meio da Associação Parceiros do Clube do Coração, que servem para questões estruturais, nas categorias de base, mas, para pagar salários, moradia, transporte, alimentação e premiação do time profissional, o apoio que temos é muito pouco. Precisei investir recursos próprios e suportar a maior parte das contas de 2022 a 2024 – afirma Della Pasqua.


Antes de tomar a decisão, Della Pasqua diz ter sondado o mercado para verificar como seria se ficasse mais dois anos na presidência. No entanto, pelas respostas que teve, não achou ser viável permanecer no Inter-SM.


– Eu acenei para um novo biênio, fui a campo, mas não tivemos muitos retornos e isso acabou me frustrando. Não iria arrecadar o que eu gostaria. A gente recebe muito não, muita porta na cara e partir daí abro essa discussão se Santa Maria quer ou não o futebol profissional – relata.


Somada às decepções da dificuldades em busca por apoios, também questões pessoais levaram à decisão de não se candidatar novamente.


– Tenho questões pessoais e profissionais para resolver. O futebol te consome por inteiro e minha rotina nos últimos dois anos foi bagunçada. Vivi o Inter-SM 24h da minha vida, sem tempo para a família, sem finais de semana, somado com à falta de apoio, me fez não querer renovar o mandato – completa Della Pasqua.


Futebol do Interior


Pedro Della Pasqua questiona para qual caminho seguirá o futebol profissional em Santa Maria, se a realidade atual for mantida, que é a de poucas empresas patrocinando o Inter-SM e outras equipes esportivas da cidade.


– Precisamos mudar a mentalidade empresarial em Santa Maria. Se não, em algum momento poderemos chegar ao mesmo caminho que acabou acontecendo em Santana do Livramento, Uruguaiana, Santo Ângelo, São Borja, entre outras, que eram praças tradicionais do futebol gaúcho e, atualmente, não têm times atuando, ou estão no máximo tentando se reerguer – comenta.


Na análise positiva, o dirigente afirma que gostaria que os empresários e a comunidade apoiassem o Inter-SM, como por exemplo ocorreu em Chapecó, com a Chapecoense.


– Santa Maria merecia virar tipo Chapecó. Sei que lá é mais próspero, mas não estou pedindo demais. Queria um pouco mais de apoio, não a ponto de ser Série A de Brasileiro, mas os auxílios poderiam ser maiores. Chapecó abraçou a Chapecoense e o clube e a cidade cresceram juntos. Por que na nossa cidade, que considero tão forte, não pode ocorrer o mesmo? Dia de jogo do Inter-SM a cidade tinha que parar, movimenta economia, turismo, isso que eu queria – finaliza o presidente.

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Gilson Alves

gilson.alves@diariosm.com.br

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