"Continuo sendo o mesmo guri da Vila Lídia", diz Filipe Machado, volante do Vitória, sobre sucesso na carreira

Foto: Antonio Oliveira

No final do ano, é comum que as pessoas retornem às cidades que nasceram para visitar a família e celebrar as festas em conjunto. Para o jogador de futebol, Filipe Machado, 28 anos, não foi diferente. Ele esteve em Santa Maria e foi entrevistado no programa Papo D Esporte!, da Rádio CDN. Na conversa, o atleta do Vitória revelou detalhes sobre a arrancada do clube na reta final do Campeonato Brasileiro e comentou sobre a relação com a cidade natal.

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De Santa Maria para o Brasil

Nascido e criado na Vila Lídia, no Bairro Noal, Filipe Machado se destacou cedo no mundo do futebol. Após o início no Novo Horizonte e nas categorias de base do Inter-SM, o jogador, que na juventude atuava pelo lado do ataque, foi transferido para o Desportivo Brasil, time de São Paulo conhecido por revelar jogadores promissores no futebol brasileiro. O bom desempenho na Copa São Paulo de Futebol Júnior atraiu os olhares do Grêmio, que o contratou quando tinha 19 anos.

– Eu posso estar onde estou, mas continuo sendo o mesmo guri da Vila Lídia. Eu sempre digo que a Vila Lídia é para mim o melhor lugar do mundo, porque ali estão as minhas raízes, a minha avó e a minha família. Sempre procuro vir para cá nas minhas férias, porque aqui eu me sinto bem, me sinto em casa – contou Machado

No Tricolor fez poucas partidas e foi emprestado para o São José e para o Boa Esporte, de Minas Gerais. Em 2020, foi emprestado ao Cruzeiro, permanecendo por um ano. Após poucas oportunidades no Grêmio em 2021, foi contratado em definitivo pelo clube mineiro e foi importante na conquista da Série B de 2022, atuando como titular em jogos da campanha.

Desde a metade de 2024, Machado defende o Vitória, clube que chegou a ser um dos mais cotados para ser rebaixado, mas emplacou resultados positivos no segundo turno e garantiu a 11ª do campeonato. Em 2025, o volante segue na equipe, que voltará a disputar a Copa Sul-Americana após nove anos.


Curiosidades durante a carreira

Com passagem por cinco clubes na carreira, Filipe Machado teve a oportunidade de morar em três Estados diferentes. Em Minas Gerais, onde jogou no Boa Esporte e no Cruzeiro, destacou o carinho do torcedor cruzeirense e a relação com Ronaldo Fenômeno, que era o proprietário da SAF do clube até abril de 2024.

– É até engraçado, mas eu e o Ronaldo tínhamos os mesmos objetivos em 2022. Foi um sonho realizado poder estar perto e conviver com um cara que é ídolo de um país inteiro. Ele é um cara simples, humilde e convivia conosco quando ia no CT – destacou.

Em Salvador, o volante aprovou a culinária local, mesmo reconhecendo que os pratos são mais apimentados. Mesmo assim, reforçou que prefere o churrasco gaúcho e o xis santa-mariense. Ainda na Bahia, contou que algumas pessoas utilizam roupas reforçadas em períodos de clima quente.

– Em Salvador, quando faz 25°C, o pessoal já coloca casaco e calça. Eu não coloco (risos). Quando dá uma chuva, a gente deixa a janela aberta, queremos ver a chuva, porque é difícil. Chover assim, é raro – lembrou Filipe Machado.


Momento no Vitória

Filipe Machado comemorando a permanência do Vitória na Série A do Campeonato BrasileiroFoto: Victor Ferreira/EC Vitória (Divulgação)

Ao término do primeiro turno do Campeonato Brasileiro, Machado foi contratado pelo Vitória, com vínculo de dois anos. Na chegada a Salvador, o clube era o vice-lanterna da competição e era tido como grande candidato ao rebaixamento. Aos poucos, a equipe foi melhorando na competição e passou a ser mais temida, principalmente, quando jogava em casa, no Estádio Barradão. De acordo com o volante, o apoio do torcedor foi fundamental na temporada.

– Quando eu cheguei, os jogadores e funcionários disseram que eu ia gostar de jogar lá pelo fato da torcida ser apaixonada, cantar o jogo inteiro e apoiar sempre. O Barradão é considerado a Bombonera do Nordeste. É muito bom jogar lá, porque eles apoiam o jogo inteiro e foram fundamentais nesta reta final para alcançarmos os dois objetivos. O principal, que era a permanência na Série A, e a vaga na Copa Sul-Americana – comentou Machado.

Além disso, o santa-mariense revelou que foi contratado a pedido do técnico Thiago Carpini, que o classificou como um dos líderes do elenco. Outras curiosidades do momento no clube baiano são que o time não costuma treinar pela manhã, em função do calor expressivo em Salvador, e que a equipe passou a utilizar o uniforme branco nas últimas rodadas do Campeonato Brasileiro por motivos de superstição.

Entre os principais fatores para a melhora no rendimento do Vitória, além da qualidade do elenco e do apoio do torcedor, Machado reconhece que o fato de jogar, na maioria das vezes, um jogo por semana permitiu um maior descanso entre os duelos. No entanto, lembrou que os clubes nordestinos enfrentam viagens mais desgastantes em relação a outros times em decorrência da distância percorrida, e isso pode prejudicar o desempenho dos atletas.

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Antonio Oliveira

antonio.oliveira@diariosm.com.br

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