"Ainda Estou Aqui" leva Oscar e garante noite histórica para o cinema brasileiro

Foto: Reprodução

Em uma noite histórica para o cinema brasileiro, "Ainda Estou Aqui" venceu o Oscar na categoria Melhor Filme Internacional neste domingo (2), no Dolby Theatre, em Los Angeles. Dirigido por Walter Salles, o longa é estrelado por Fernanda Torres no papel de Eunice Paiva, uma dona de casa que se transforma em ativista dos direitos humanos após o desaparecimento de seu marido durante a ditadura militar. A premiação foi em noite de Carnaval no Brasil, o que elevou ainda mais as comemorações pelo país. 


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O longa também foi indicado na categoria de Melhor Filme, fato inédito para o Brasil na premiação que é a principal do Oscar. Além disso, foi indicado em Melhor Atriz, com Fernanda Torres, que já havia conquistado o Globo de Ouro por sua atuação. No entanto, nessas categorias, a premiação ficou com o filme "Anora". 


A vitória foi celebrada intensamente no Brasil. Em Santa Maria, alguns bares transmitiram o prêmio ao vivo. 


Relembre as indicações

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Fernanda Torres disputou a premiação com as atrizes Cynthia Erivo, Karla Sofía Gascón, Mikey Madison e Demi Moore. Já o filme concorreu, na categoria Melhor Filme, com "Anora", "O Brutalista", "Um Completo Desconhecido", "Conclave", "Duna: Parte 2", "Emilia Pérez", "Nickel Boys", 'A Substância" e "Wicked".

Na categoria Melhor Filme Estrangeiro, a produção brasileira disputa a premiação com "A Garota da Agulha" (Dinamarca), "Emilia Pérez" (França), "A Semente do Fruto Sagrado" (Alemanha) e "Flow" (Letônia).

Torres já havia sido premiada, no início do mês, com o Globo de Ouro de melhor atriz na categoria Drama. Esta foi a primeira vez que a premiação foi entregue a uma brasileira.

O filme

Ainda Estou Aqui é um filme baseado em uma autobiografia, de mesmo nome, escrita por Marcelo Rubens Paiva. A trama retrata o desaparecimento do político Rubens Paiva, pai de Marcelo Rubens Paiva, durante a ditadura militar brasileira.

O foco da trama é Eunice Paiva. Casada com Rubens Paiva e mãe de cinco filhos, ela passou a criá-los sozinha quando, em 1971, o marido foi preso, torturado e assassinado por agentes da ditadura.

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