Corpos em números: que corpo é esse que se classifica, chega ou se deseja em diferentes formas e quantidades longevas?

Iniciemos esta prosa em versos e rimas para compor uma álgebra que nos quali/quantifica no que se espera ou se deseja que sejamos e no que conseguimos e/ou nos permitimos ser.


Qual seu número atual?
Somos, a todo instante, revelados por um Registro Geral; um Cadastro de Pessoa Física e/ou jurídica; uma idade; um peso; um manequim; um calçado; um endereço; uma placa de carro; um status; um endereço eletrônico; um telefone; senhas e, assim por diante. São tantos números, que por vezes, precisamos fechar os olhos para lembrar quais contemos, ou seriam eles que nos contém? Pronto! 


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Acabei que gerar uma questão: uma questão quali/quantitativa que nos faz pensar sobre o quão classificados numericamente somos. Pensar enquanto números, parece querer equacionar tudo e a todos, mas é assim que somos considerados e visualizados, como se os outros sentidos não dialogassem com eles. Sim, os números devem também ser sentidos por outros, que não apenas o visual.


Corpos numéricos
Pequeno Pequeno; Pequeno; Médio; Grande, Extra Grande ou Extra Grande Grande... Para além de um corpo numérico, somos também acompanhados pelo peso que a idade promove na vida de muitos que não convivem tão bem com suas várias voltas da terra em torno do sol. Ao citar o termo peso, faço menção a não aceitação da maturidade, bem como a chegada da velhice. Não que o peso corporal não seja para muitos, também, um desconforto. Que satisfação deve ser, poder chegar nesta etapa da vida, acompanhados por sentimentos de felicidade e orgulho de uma vida bem vivida. 


Mas o que seria o bem viver em tempos tão desafiadores de saúde física e emocional? A resposta é exatamente o que você vem fazendo com a sua vida, tentando manter a lucidez diante das suas escolhas e tudo o que reverbera na sua volta a partir delas. Sim, nossos corpos são um somatório de fatores que alteram o produto processual para além dos números. Neste caso específico, o processo é o que importa.


Por que os números nos acompanham tanto?
Desde muito cedo, mantenho uma relação de paixão com os números. Quem sabe seja por isso que os sinta em tudo ao meu entorno. Em minha dança e nos meus deveres, eu os sinto e os convido o tempo inteiro, para dialogarem em meu corpo com a distribuição espacial que estabeleço ao os escutar, tocar e visualizar nos entremeios dos palcos da vida. Somos movidos por números, ora de forma satisfatória, ora nem tanto. Mas por que nos afetamos tanto com eles? Seria pela organização que as formas geométricas e equações – com suas fórmulas e aplicações – nos convidam a pensar e agir como números?


Considero e reafirmo aqui, a importância da liberdade de expressão corporal, desde a primeira infância em nossas vidas, para a compreensão e significação dos números em tudo o que fazemos. Aqueles que não se relacionam muito bem com os números, não se deve ao fato das aulas de matemática, possuírem as suas incógnitas – que por muitos –, continua sendo considerada difícil. Na verdade, não lhes foi motivado a compreender os números a partir de todos os sentidos corporais.


Pensamos e agimos por números?
Tornar a chegada da maturidade mais leve, requer de nós, exercícios de repetição e de compreensão; treino; foco; lucidez; aceitação; renúncia; busca por transformação; reinvenção; adição do que lhe faça bem; subtração do que lhe possa ser nocivo; multiplicação de boas ações e, de tudo o que lhe traga satisfação em sua vida e, divisão de tudo aquilo que de alguma forma lhe tenha em excesso ou que possa ser compartilhado com quem receba e ajude a ressignificar sua existência. 


Permita-se viver a qualidade que seus números trazem para sua vida. Caso eles sejam o problema, lembre, que têm solução e, os equacione com seus devires, sem que a formatação lhe coloque em respostas exatas. Viver os números é convidá-los a serem parte integrante da solução de suas vidas e não o problema.

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Daniela Minello

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