
Foto: Breno Surreaux Fixman
O governo Rodrigo Decimo (PSDB) oficializou, na tarde de desta quarta-feira (12), o início do debate sobre a elaboração da reforma da Previdência como medida para estancar o déficit do Ipassp (Instituto de Previdência e Assistência à Saúde dos Servidores Públicos Municipais de Santa Maria), que tem uma projeção de mais de R$ 3 bilhões.
Em uma reunião de uma hora com a participação de representantes dos sindicatos dos Professores Municipais (Sinprosm) e dos Municipários, da direção do Ipassp e da Câmara de Vereadores, a gestão tucana oficializou a criação do Conselho Consultivo. O órgão é constituído pelo Executivo, Legislativo, entidades sindicais e Instituto de Previdência.
– (...) A partir de agora, daremos andamento aos estudos da Previdência com total transparência. Isso é bastante importante para que, através que um diálogo construtivo, possamos garantir a viabilidade financeira do Ipassp e também preservar a saúde fiscal do município – afirmou Decimo em vídeo divulgado após o encontro.
Na reunião, o prefeito informou aos participantes sobre a contratação do Instituto Gamma de Assessoria a Órgãos Públicos (Igam) para elaborar “cenários possíveis” para a reforma da previdência. Em 30 dias, o Igam concluirá esse trabalho e, após, os resultados serão apresentados ao Conselho Consultivo.
Os afetados
Coordenadora de Patrimônio e Organização do Sinprosm, Juliana Moreira disse que a situação do Ipassp “é complexa” e que vem há bastante tempo. O sindicato, segundo ela, indicará duas professoras que estão na ativa e mais uma aposentada para integrar o grupo. Dirigente do Sindicato dos Municipários, Vivian Serpa ressaltou que, neste primeiro momento, foi “satisfatório” o encontro.
– Claro que temos vários receios com relação ao que pode ser apresentado, como a questão de cortes de direitos. Sabemos da dificuldade, mas precisamos chegar a um denominador comum. Não podemos ser lesados, em nossos salários, por um descaso por parte de alguns gestores anteriores – afirmou Vivian.
Presidente do Ipassp, Fabiana de Vargas destacou que o município precisa ter sustentabilidade financeira.
– Precisamos rever a Previdência do município de maneira urgente. Sabemos dos desafios, mas é necessário para a viabilidade econômica de Santa Maria – acrescentou ela.
Além dos sindicatos e do Ipassp, que são diretamente afetados pela reforma, o governo acerta em já trazer a Câmara para essa discussão importante e desde o início do debate. Agora, não há dúvida que será a Previdência possível e não a ideal, especialmente do ponto de vista dos servidores.