Foto: Kaio Magalhães
O Plenário da Câmara Federal quase vazio, na noite de quarta-feira (25), não reflete a dimensão da derrota avassaladora do governo Lula (PT) com a derrubada, em tempo recorde, do decreto do aumento do Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF).
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Pautado rapidamente pelo presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos), que anunciou no X (antigo Twitter), a votação do decreto ocorreu na sessão de quarta. No Senado, a votação foi simbólica.
Com deputados do Norte e do Nordeste nas suas regiões para as festas juninas, as sessões foram virtuais na Câmara, mas com quórum altíssimo para impor a derrota ao Palácio doPlanalto: foram 383 votos pela derrubada do decreto e 98 pela aprovação. Partidos da base, como União Brasil, Progressistas, PSD e Republicanos, têm o hábito de ser infiéis ao governo. Mas, o que surpreendeu foi o PSB, sigla do vice-presidente da República, Geraldo Alckmin.
A base governista está derretendo. A indicação de Gleisi Hoffmann para a articulação não surtiu feito. Ao contrário. Com a derrota imposta, o governo Lula conseguiu uma façanha até então alcançada pelo ex-presidente Fernando Collor, que teve decreto derrubado pelo Congresso.
A gestão petista está atônita e parece perdido, o que é ruim para o rumo do próprio país.
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