
Foto: Beto Albert
Ainda na ressaca do Carnaval, o bloco unidos pelas frentes parlamentares dominou a primeira sessão plenária, na quinta-feira (6), após o feriadão. Situação e oposição se uniram em torno de assuntos pertinentes e aprovaram por unanimidade a constituição de três.
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Cutuca aqui, cutuca ali...
A primeira frente aprovada é em defesa da reabertura da Rua 7 de Setembro, fechada durante o governo Jorge Pozzobom (PSDB), a partir de um convênio assinado na gestão do ex-prefeito Valdeci Oliveira (PT) como contrapartida à construção do Túnel da Rio Branco. Autor da inciativa, Marcelo Bisogno (União Brasil) propôs a união do Legislativo para reabrir a via.
– Minha proposta é de olharmos para frente para buscarmos soluções. É inadmissível que uma rua tradicional da história da nossa cidade seja fechada porque nós tivemos uma conquista importante, que foi o túnel da Gare –, afirmou ele.
O assunto levou muito vereadores à Tribuna, e alfinetadas foram lançadas lá e cá sobre a culpa pelo fechamento da rua há seis anos. No meio do embate, o pedetista Luiz Fernando Cuozzo Lemos chamou a atenção para as discussões que não levam a lugar algum.
Não passou pano
Já a frente pela municipalização dos serviços de água e esgoto, proposta pela petista Helen Cabral, dominou boa parte da pauta com críticas à Corsan/Aegea pelo desabastecimento e as faturas elevadas.
– A municipalização traz a possibilidade de reduzir a conta de água, traz a possibilidade de o município prestar o serviço, de corrigir essas multas –, defendeu Helen, criticando o trabalho da empresa na cidade.
O engajamento com o tema pôde ser medido pelo número de parlamentares que foram à Tribuna: 10, inclusive a base do governo Rodrigo Decimo (PSDB), que não aliviou para a Corsan. O jovem Lorenzo Pichinin (PSDB) classificou a situação como “descaso da Corsan com Santa Maria”.
Pelas mulheres
A violência doméstica foi a temática da terceira iniciativa aprovada na véspera do Dia Internacional da Mulher, celebrado sábado. De autoria de Sidi Cardoso (PT), é a frente de homens pelo fim da violência contra as mulheres. Na Tribuna, ele citou casos recentes como o feminicídio ocorrido em São Francisco Assis e uma tentativa em Santa Maria. Frisou ainda que, em 2022, foi registrado o recorde de feminicídios – mais de 1,4 mil no país. O tema uniu base e oposição em coro sobre a importância de frear os casos.
Confira o que disseram os parlamentares:
“Nesse momento, não me interessa quem fez ou deixou de fazer. É, talvez, por conta dessas pobres discussões entre apontar o dedo de um para o outro, que parecem, por vezes, crianças mimadas , que a gente perde tempo aqui. A sociedade em casa está nos assistindo e vendo discussões que não levam a lugar nenhum. Me importa que eu quero a Rua Sete funcionando, quero que as pessoas, de forma novadora, sejam cuidadas, que possam usar aquele espaço”.
Luiz Fernando Cuozzo Lemos, vereador do PDT
“O que a Corsan está fazendo com a população de Santa Maria é uma vergonha. Estou recebendo todos os dias mensagens nas minhas redes sociais de cidadãos que estão sendo desrespeitados: que as contas, no final do mês, são, infelizmente, abusivas, de pessoas mostrando comprovantes de R$ 4 mil a R$ 5 mil. Isso é inadmissível!”
Lorenzo Pichinin, vereador do PSDB
“Nós precisamos entre os homens fazer essa conscientização. Esse é um tema (violência doméstica) que precisa movimentar a sociedade de Santa Maria, movimentar órgãos que possam nos apoiar. Nada justifica a morte, a violência”.
Sidi Cardoso, vereador do PT