A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que reduz a jornada de trabalho de 44 para 36 horas semanais tem provocado debates acalorados pelo país. E não foi diferente na Câmara da de Vereadores de Santa Maria. Na sessão, estava na pauta uma moção de apoio à tramitação da PEC, que conta com mais de 230 assinaturas de deputados de diferentes partidos e ideologias, como PT, PSol, Progressistas, União Brasil PSD e PDT– eram necessárias 171 para a proposta ser apresentada na Câmara. A autora é a deputada Erika Hilton (PSol-SP).
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– A PEC é pluripartidária, ela não é de um partido nem de uma ideologia, é dos trabalhadores e das trabalhadoras – afirmou a petista Helen Cabral, autora da moção.
Vários parlamentares a favor e contra a iniciativa foram à Tribuna.
– As pessoas têm que ter é dignidade e dignidade é ter trabalho, é receber hora extra. É isso que temos de enfrentar – argumentou Tubias Calil, do PL, que também é empreendedor.
Como tem ocorrido em outros debates, situação e oposição travaram um debate ideológico sobre a PEC. Ao final, a proposta de Helen foi derrubada por ampla maioria: 12 votos contrários (PL, PSB, Republicanos, Podemos, PSDB e União Brasil) e 6 a favor (PT, PCdoB, PDT e PSD). No caso do MDB, os vereadores ficaram divididos: Adelar Vargas, Bolinha, votou contra a moção e Rudys Rodrigues, a favor. O placar, aliás, é uma prévia para o ano que vem da nova legislatura em votações com componente politizado e ideológico..
Paulo Pimenta, PT, ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, ao comentar a Operação Contragolpe da Polícia Federal, deflagrada ontem e que revelou um suposto plano arquitetado por militares para matar o presidente Lula, o vice Geraldo Alckmin e o ministro do STF Alexandre de Moraes. O objetivo seria evitar a posse dos eleitos em 2022:
– Provavelmente nós temos, pela primeira vez, informações sobre a participação de oficiais da ativa e também de integrante da PF. Todos eles, pessoas muito próximas ao núcleo de poder do governo anterior. Por um computador do Mauro Cid, a PF encontrou os detalhes dessa operação que tinha por objetivo assassinar o presidente da República, o vice-presidente e também o ministro Alexandre de Moraes.
Flávio Bolsonaro, PL, senador, ao rebater em suas redes sociais as revelações da Polícia federal sobre o suposto golpe e que envolveriam membros do governo Jair Bolsonaro (PL):
– Quer dizer que, segundo a imprensa, um grupo de 5 pessoas tinha um plano pra matar autoridades e, na sequência, eles criariam um ‘gabinete de crise’ integrado por eles mesmos para dar ordens ao Brasil e todos cumpririam? Por mais que seja repugnante pensar em matar alguém, isso não é crime. E, para haver uma tentativa, é preciso que sua execução seja interrompida por alguma situação alheia à vontade dos agentes. O que não parece ter ocorrido (...). Decisões judiciais sem amparo legal são repugnantes e antidemocráticas.