
Foto: Reprodução
Nas temperaturas tórridas desta semana, que chegam a ser insalubres, em que nem ventilador adianta, pois o ar vem abafado, os privilegiados que têm ar-condicionado conseguem algum alívio. Porém, a maioria da população gaúcha ainda não conseguiu comprar um aparelho desses, por conta do custo não só da aquisição, mas também para mantê-lo ligado. O dado mais recente que a coluna teve acesso é uma pesquisa do Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel), de 2019, que apontava que 24% dos lares gaúchos tinham aparelho para refrescar o ar, enquanto a média do Brasil era de 16,7%.
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Com isso, a estimativa era de 28 milhões de aparelhos no país e de um crescimento de 10% ao ano.
Claro que de lá para cá, esses percentuais devem ter mesmo crescido, mas com certeza bem mais da metade dos gaúchos ainda sofre com o calorão.
De acordo com esse levantamento, o Estado com mais lares com ar-condicionado é o Rio de Janeiro, com 47% em 2019, seguido do Amazonas, com 42%. Os Estados do Norte têm índices altos, por conta do calorão o ano todo.
De todos os aparelhos no Brasil, 58% são do modelo split, 30% do ar-condicionado janela, 8% de split inverter e 3% dos portáteis. No Rio Grande do Sul, 58% são split normal, 31% do split inverter e 7,5% do modelo de janela, que gasta mais energia.
O santo que inventou o aparelho
O santo inventor do ar-condicionado elétrico é o engenheiro norte-americano Willis Carrier (1876-1950). Em 1902, ele projetou o primeiro sistema de ar-condicionado moderno para resolver um problema de produção na gráfica Sacket & Wilhelms no Brooklyn, Nova York. Na época, o foco era desenvolver um equipamento que retirasse a umidade do ar para garantir uma qualidade melhor de impressão, já que as páginas ficavam borradas devido ao excesso de umidade no ar. Para fazer isso, o equipamento reduzia a umidade e resfriava o ar. A invenção foi muito utilizada em gráficas e na indústria têxtil. Depois, o ar-condicionado se popularizou nos cinemas dos Estados Unidos, o que tornou o aparelho famoso. Só a partir dos anos 1940, foram inventados os aparelhos residenciais, que demoraram a decolar, mas acabaram se popularizando com o avanço da tecnologia e gradual queda dos preços.