
Foto: 3º Batalhão de Engenharia de Combate (Divulgação)
Em reunião com a Rota de Santa Maria, nesta segunda-feira (14), em Santa Cruz do Sul, vereadores do Legislativo santa-mariense ficaram sabendo dos detalhes do que ainda precisa ser feito para permitir o início da construção da ponte sobre o Arroio Grande, na RSC-287, que desabou em 30 de abril de 2024.
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Segundo eles, apesar de o projeto principal ter sido aprovado pelo governo do Estado, ainda não há previsão alguma de a obra começar porque falta aprovar o projeto da nova pista lateral de acesso à nova estrutura, que será erguida ao lado das pontes metálicas.
Outras duas questões terão de ser revolvidas, segundo os vereadores confirmaram com a Rota. Será necessário que o Estado faça desapropriação para ampliar a faixa de domínio da RSC-287 para a construção desse acesso duplicado até a ponte nova e a RGE terá de remover uma rede de média tensão para o lado.
Na realidade, falta o Estado publicar um decreto de utilidade pública da área ao lado da rodovia, o que estaria já com a Casa Civil do Palácio Piratini. As tratativas para transferir a rede de energia também estariam em tratativas com a RGE. Diante disso, não haveria previsão alguma de iniciar a obra da nova ponte no Arroio Grande.
– A gente tinha a informação de que o Estado aprovou o projeto da ponte e a expectativa de que a obra começasse até o final de abril, antes de a queda da ponte completar um ano. Mas ficamos bem preocupados porque ainda falta muita coisa para a Rota poder começar essa obra – afirmou o vereador Sidi Cardoso (PT).
– Agora a gente está aqui entendendo que tem de ter a autorização do governo do Estado para desapropriar. O Estado já tinha de ter pensado nisso quando caiu a ponte. Talvez vocês, da Rota, deveriam ter antecipado isso, com esse planejamento para nós. Porque cada vez a gente avança, tem mais um problema. Então, na verdade, aquilo que a gente recebeu em Santa Maria não é 100%. Foi aprovada uma parte do projeto, não todo o projeto. Então, não foi aprovado. Nós continuamos na estaca zero. Dia 30 de abril completa um ano da queda da ponte, em uma cidade que está completamente trancada – afirmou o presidente da Comissão pela Duplicação da RSC-287, Marcelo Bisogno (União Brasil).
Diante dessas novidades, a coluna voltou a questionar a Secretaria Estadual da Reconstrução, que havia informado há duas semanas que o projeto da nova ponte tinha sido aprovado na pasta. Até o fechamento desta edição, a secretaria não havia respondido.
O Diário também pediu a confirmação dessas informações à Rota, que respondeu por meio de nota. Além de Bisogno e Sidi, também participaram da reunião os vereadores Guilherme Badke, Manequinho (Republicanos), Admar Pozzobom (PSDB) e Rudys Rodrigues (MDB).
O que disse a Rota de Santa Maria
“O projeto executivo para construção da ponte definitiva foi apresentado inicialmente ao poder concedente no mês de novembro de 2024 desde então houve um processo de análise técnica que culminou com a aprovação parcial do projeto há poucos dias. Destaca-se que a aprovação parcial se refere tão somente a estrutura de concreto, ficando pendente o restante do projeto.
Destaca se que o projeto completo prevê a construção de uma ponte significativamente maior do que a estrutura antiga, passando de 44 m de extensão para 69 m, além de uma cota cerca de 2 m mais elevada. Além disso a rodovia do entorno será mais elevada e construída com rochas de modo a conferir maior resistência contra a ação da água.
Essa obra difere significativamente da condição da rodovia original, significando a inclusão de novos investimentos no contrato de concessão.
Por esse motivo, após a aprovação do projeto e definição do valor dessa nova obra, é necessário um processo para incluir essas obras adicionais no contrato de concessão. Para tanto a concessionária já está em tratativas com a Secretaria da Reconstrução e Agência Reguladora, com o objetivo de fechar essa etapa o mais rápido possível.
Destaca se, entretanto, que, em paralelo a esses trâmites, a concessionária vem tomando as medidas para viabilizar o início da obra, a exemplo da obtenção da licença ambiental, remanejamento de interferências, além do planejamento e mobilização de recursos e fornecedores necessários para a execução da obra.”
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