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GAC Aion é um dos modelos que serão vendidos no Brasil e, futuramente, fabricados em solo brasileiro
A Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) é uma das três instituições de pesquisa brasileiras que assinaram um contrato de cooperação técnica com a fabricante chinesa GAC Motors, para fazer pesquisa e desenvolvimento de motores híbridos e flex dos sete modelos que serão lançados em 2025 no Brasil (na foto, o Aion, que na China custa R$ 130 mil). A montadora, que pretende investir R$ 5,9 bilhões em uma nova fábrica no Brasil, cuja localização deve ser divulgada em 2025. Desse montante, R$ 120 milhões serão gastos nos testes e análises dos motores da marca, o que será feito na UFSM, na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e na Unicamp. Nas outras universidades, serão testados também peças e componentes.
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Segundo o professor Mario Martins, do Departamento de Engenharia Mecânica da UFSM, os laboratórios da universidade conseguem avaliar as emissões e a eficiência energética dos motores, o que é necessário para a GAC Motors aprovar seus veículos para venda no Brasil. Caso não atendam os parâmetros mínimos exigidos aqui pelo país, a empresa terá de fazer adequações nos motores. Segundo Martins, além dos motores, algum engenheiro terá de vir da China para a UFSM para acompanhar os testes. É que, para ligar os motores, é preciso ter acesso aos sistemas e softwares, que geralmente têm segredos industriais. Como a GAC Motors quer começar a vender os veículos, primeiramente importados, no Brasil ainda em 2025, há certa urgência para realizar esses testes.
Esses ensaios também servirão para que sejam desenvolvidos motores flex para serem fabricados futuramente pela GAC aqui no Brasil. A montadora planeja vender 80 mil carros até 2030 aqui no país, segundo a revista Exame. Na China, 25% dos veículos de Uber e outros aplicativos são da marca, que pretende fazer parcerias com motoristas de apps aqui no país também.
Martins conta que a universidade já testa motores para outras montadoras.