
Foto: Beto Albert
A promotora de Justiça Giani Saad, que participou da reunião entre Cacism, Agergs e Rota de Santa Maria, na quinta-feira (10), confirmou que a concessionária pretende fazer mudanças para reduzir o tempo de espera no Pare e Siga para obras de recuperação na RSC-287, na saída de Santa Maria. A intenção da Rota, segundo Giani, é fazer obras em trechos mais curtos para impactar menos no trânsito e reduzir os congestionamentos.
– Para diminuir o tempo de Pare e Siga, a concessionária vai reduzir a extensão de quilômetros a ser consertada por vez, o que diminuiria em alguns minutos o tempo de espera – disse Giani, pois reduziria o trajeto em que os veículos têm de fazer enquanto o outro lado está parado.
Como a previsão é que os próximos trechos a receberem os chamados reparos profundos, com retirada do asfalto e da base de pedra, sejam entre os trevos do Aeroporto e de Silveira Martins, uma vantagem é que os motoristas passarão a ter a opção de, se preferirem, fazer o desvio pelo Distrito de Arroio Grande para escapar do Pare e Siga na RSC-287 – ou seja, não seria feito um novo desvio, como deu a entender a Agergs. Nesses 7 km da RSC-287, são 14 km de pistas, somados os dois sentidos, sendo que 9 km precisarão ser reconstruídos.
Dessa forma, a tendência seria de diminuir o fluxo de motoristas parados na rodovia, diminuindo também as filas e o tempo de espera. Para fazer o desvio por Arroio Grande, os motoristas precisam entrar na ERS-511, no antigo Kipper, em Camobi, e seguir até a estrada para Silveira Martins, dobrando à direita e seguindo o Trevo de Silveira com a RSC-287. No sentido inverso, esse é o mesmo percurso.
O presidente da Cacism, Andrei Nunes, sugeriu que sejam colocadas placas na rodovia orientando que caminhões sigam pela RSC-287, no Pare e Siga, enquanto carros e motos sigam por Arroio Grande. Não está claro se isso será realmente feito.
A Rota de Santa Maria deve divulgar, nos próximos dias, os detalhes do que será realmente feito para amenizar os congestionamentos na rodovia e quando os reparos vão ser transferidos para esses novos trechos, o que deve permitir esse desvio por Arroio Grande. Ainda não há confirmação oficial, mas isso poderia ocorrer, talvez, após a Páscoa.
Ponte – Já a obra da ponte sobre o Arroio Grande ainda não tem previsão de iniciar. Apesar de o Estado ter dado aprovação parcial do projeto, há tratativas a serem concluídas entre Rota e Estado. Quando iniciar, deve levar de 5 a 6 meses.
Estado indica que repassará verbas da reconstrução para a RSC-287
A Secretaria Estadual de Reconstrução confirmou que estão sendo feito cálculos para definir qual valor, do Fundo da Reconstrução (Funrigs), poderá ser repassado para reconstruir as pontes e trechos da RSC-287 afetados pela enchente de 2024. É o primeiro indicativo mais claro de que o governo do Estado poderá bancar as obras de melhorias, evitando que o custo seja repassado para a tarifa de pedágio da rodovia.
No caso do lote 2 de concessões, com rodovias da região da Serra gaúcha e região de Passo Fundo, o Estado oficializou na sexta-feira que vai prever um aporte de R$ 1,3 bilhão do Funrigs para obras de resiliência climática, como a elevação de 16 pontes e a melhoria da drenagem em áreas sujeitas a inundações. E isso que esse leilão da concessão ou Parceria Público Privada deve ser lançado só em outubro. Prometeu também colocar 24 pórticos de free flow (sem cancelas) e tarifas mais baixas, mesmo prevendo 244 km de duplicações e 103 km de terceiras faixas.