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Produtos que subiram acima e abaixo da inflação em 20 anos

Produtos que subiram acima e abaixo da inflação em 20 anos

Foto: Divulgação

A tentativa do governo de tentar intervir no mercado por meio do corte de imposto de importação não é a solução para reduzir os preços de alimentos. A coluna já trouxe no final de semana a análise de economistas e indústrias afirmando que o impacto dessa medida do governo será quase nulo nos preços de carnes, farinhas e outros alimentos. O que o Brasil precisa é reduzir impostos para baixar os custos de produção e facilitar o acesso a insumos.


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Por outro lado, reduzir os gastos públicos, pois essa gastança que faz subir a inflação. Também é fundamental incentivar o crescimento econômico para que o trabalhador tenha uma renda maior e não sinta tanto no bolso essa inflação. O que a gente precisa é de mais gente trabalhando e com melhores empregos e maior eficiência.

 
Por mais que se reclame da gasolina cara, por exemplo, o preço hoje é semelhante ao de 20 anos atrás, pois acompanhou a média da inflação. Em 2005, o litro custava R$ 2,40 em Santa Maria. Se atualizado pelos 193% da inflação acumulada pelo IPCA, isso equivaleria hoje a R$ 7,03. Porém, a média hoje na cidade está em R$ 6,30 o litro – ou seja, um valor 10% menor. Claro que vale lembrar que há gasolina variando entre R$ 5,85 e R$ 6,88 na cidade. Em 2005, até pelo preço ser menor, a variação era de poucos centavos.


Para tentar entender a variação dos preços nesses últimos 20 anos, fiz um comparativo de vários valores dos produtos agrícolas e de combustíveis de 2005 para 2025 em Santa Maria. Confira: 



* Atualizado pela inflação acumulada do IPCA em 20 anos, de 193%
** Preços pagos ao produtor rural
*** Preço médio. Valor mais baixo na sexta era de R$ 5,85, e o mais alto, de R$ 6,88 em Santa Maria
**** Preço médio. Valores variavam na sexta entre R$ 4,59 e R$ 4,99 na cidade
***** Preço médio. Valores variavam na sexta entre R$ 5,95 e R$ 7,59 na cidade


Alguns números chamam a atenção. O salário mínimo, que era de R$ 260 em 2025, teve um crescimento real de 99% em duas décadas, pois foi isso que cresceu acima da média da inflação do IPCA. Aplicando os 193% de inflação sobre os R$ 260, isso equivaleria hoje a R$ 761. Mas o salário mínimo atualmente é o dobro, de R$ 1.518. É algum avanço, mas o brasileiro sabe bem que isso não é uma maravilha, pois sabe-se que com o custo de vida atual e com mais exigência do que no passado, mal se sobrevive com um salário.


Em contrapartida, alguns produtos, como o preço do boi vivo pago ao produtor rural, subiram 143% acima da inflação. A soja, 41% de crescimento real, e o trigo, 26%. Isso pesa principalmente nos preços dos alimentos ao consumidor. Porém, isso não quer dizer que os agropecuaristas estão ricos. Os custos de produção aumentaram muito. Só um exemplo é o óleo diesel, que subiu 30% acima da inflação de 20 anos e hoje é mais caro que a gasolina, o que é absurdo.


Vale lembrar que esses números são o recorte de dois momentos e que médias de inflação são suscetíveis a uma margem de erro. Outro fator: cada família tem uma inflação diferente, pois depende de seu consumo. E cada produto tem também custos variáveis para produção.

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Deni Zolin

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