Enquanto boneca reborn ganha atenção, há 18 mil casos de violência infantil e 14 mil meninas grávidas por ano

Nos últimos dias, surgiu uma onda de notícias e até projetos de lei para tratar sobre as pessoas que resolvem “adotar” os chamados bebês reborn, que são bonecas muito parecidas com crianças reais. Claro que não dá para ignorar totalmente o assunto, mas preocupa o fato de que, enquanto isso, crianças reais estão sofrendo de desnutrição, maus-tratos e violência.

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Segundo o site G1, quase triplicaram as denúncias de abuso e exploração sexual contra crianças e adolescentes nos últimos quatro anos no Brasil. Em 2020, tinham sido 6.380 casos, enquanto em 2024, chegaram a 18.826. Isso dá uma média de 13 vítimas de alguma violência física, sexual ou psicológica a cada hora no Brasil – sem contar todas que não são registradas.

 
Inclusive, o domingo, dia 18 de maio, foi o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual Infantil, criado por uma lei de 2000 em memória da menina Araceli Crespo, que foi assassinada em 1973.

 
Já o Ministério da Saúde revela que, só em 2023, o Brasil teve 14 mil crianças e adolescentes de 10 a 14 anos que ficaram grávidas e tiveram bebês. Pela lei, esses casos são considerados estupros. Dessas, só 153 tiveram acesso a aborto legal. Mas o que deputados e muita gente está preocupada mesmo é com as bonecas reborn.

 
O que é reborn
Bebê reborn é uma boneca hiperrealista, que começou a ser produzida artesanalmente nos anos 2000. De tão perfeita, ela é facilmente confundida com uma criança normal. Em alguns casos, psicoterapeutas utilizam essas bonecas em terapia para o tratamento de pessoas que estão vivendo um luto.

 
Já em Goiás, um casal que tinha uma boneca dessas se separou e a mulher acionou uma advogada porque queria ficar com a guarda da bebê reborn. A advogada disse que não poderia entrar com uma ação desse tipo.

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