Foto Google Earth, Reprodução
Trecho urbano de Tabaí, que começa no trevo com a BR-386 (na foto) será um dos primeiros a ser duplicados
Depois de muitos anos de espera, o dia 6 de novembro de 2024 entrará para a história por marcar o início da duplicação dos 204 km da RSC-287. A ordem de início será assinada nesta quarta, pelo governador Eduardo Leite, em Santa Cruz do Sul.
A concessão da RSC-287, com os pedágios, não é o ideal, mas acaba sendo, sim, a única esperança de ver a rodovia duplicada. O contrato prevê que os 130 km entre Tabaí e Novo Cabrais sejam duplicados até 2030. Com certeza, passa de R$ 1 bilhão que a Rota terá de investir só nesse trecho, pois foi esse valor que a empresa pediu emprestado do BNDES.
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Ordem de início da duplicação da RSC-287 será assinada nesta quarta-feira
Se isso realmente ocorrer, serão só 74 km de pista simples para ir de Santa Maria a Porto Alegre a partir de 2030. Será, sim, um avanço. Ou alguém acha que o governo do Estado, que levou 20 anos para duplicar os 9 km da Faixa Velha de Camobi e que agora promete há meses verbas para tapar buracos nas estradas, conseguiria R$ 1 bilhão para duplicar a RSC-287? O Daer tem projeto para duplicar os 9 km da Faixa Nova, e sabe-se lá se um dia vai conseguir. Até porque enfrenta toda a burocracia do serviço público, que a Rota de Santa Maria, por ser empresa privada, não tem.
O ideal seria, sim, ter os 204 km de Santa Maria a Tabaí totalmente duplicados até 2030. Mas também precisamos ser realistas. O que você prefere? Ter 130 km duplicados até 2030 e enfrentar 74 km daqui a Novo Cabrais com pista simples por mais 12 anos, até 2042 (quando a duplicação terá de ser concluída até aqui), ou a rodovia ficar com o Daer, sem pedágios, mas continuar por décadas com esses 204 km com pista simples e malconservada?