🔒 exclusivo assinantes

Em 3 anos, cresce 78% o número de passageiros transportados no Aeroporto de Santa Maria

Em 3 anos, cresce 78% o número de passageiros transportados no Aeroporto de Santa Maria

Foto Beto Albert

Apesar da grave enchente que atingiu o Rio Grande do Sul em abril e maio do ano passado, a tragédia climática acabou obrigando uma mudança na aviação comercial que beneficiou Santa Maria. A cidade, que antes da enxurrada estava apenas com voos para Porto Alegre, da Azul Linhas Aéreas e da VoePass em parceria com a Latam Airlines, passou a ter ligação direta novamente com o centro do país, com rotas para Campinas (SP), e também para Florianópolis. 

+ Receba as principais notícias de Santa Maria e região no seu WhatsApp

Desde maio, há voos de Santa Maria para a Capital gaúcha e essas duas cidades. Com isso, mesmo com queda expressiva de passageiros devido à suspensão dos voos no início da enchente, o aeroporto municipal de Santa Maria fechou o ano de 2024 com um total de 46.343 passageiros transportados, contando com embarques e desembarques. Esse número é 10,5% maior do que em 2023 e representa um crescimento expressivo de 78,7% em três anos, já que, em 2021, tinham passado pelo terminal 25,9 mil passageiros.

 


Passageiros (desembarques + embarques)
Variação
2021
25,9 mil
-
2022
31,2 mil
20,4%
2023
41,9 mil
34,3%
2024
46,3 mil
10,5%
2021 a 2024
-
78,7%


Desse total de 2024, foram 32,4 mil passageiros transportados pela Azul e 13,9 mil que usaram aviões da VoePass. Ambas as companhias voam para Santa Maria com o ATR-72, um turbohélice de 70 passageiros.

 
– Nos últimos anos, conseguimos praticamente dobrar a quantidade de passageiros. Quando assumimos no aeroporto, tínhamos sós uma companhia e agora temos duas. Mesmo com restrição de aeronaves na nossa pista, hoje temos as únicas duas companhias aéreas do país que têm esse tipo de aeronave e que podem operar no aeroporto. É fruto de muito trabalho, de muita articulação de bastidores e qualificação da operação. Nos últimos anos, qualificamos o terminal e a gestão, e sempre fizemos essa articulação em busca de ampliar as nossas rotas. Existe um caminho técnico e um político para as situações relacionadas ao aeroporto e, nessa caminhada de oito anos, em números a gente viu que foi uma ação bem sucedida – afirmou, no final de dezembro, a então secretária de Desenvolvimento Econômico e Turismo de Santa Maria, Ticiana Fontana.

 
Ela ressalta que, mesmo com os esforços para melhorar a infraestrutura, como a reforma do aeroporto, e das tratativas, a cidade depende do interesse das companhias aéreas e de questões de mercado, que costumam ser bem complexas.

 
– Claro que é sempre um desafio seguir, não só fortalecendo o que temos hoje. Recentemente, a VoePass, que opera em nome da Latam trouxe até uma equipe de manutenção, fortalecendo a operação em Santa Maria. Ao contrário de outras cidades, onde a empresa fechou operações e deixou de voar. A malha é viva e a gente busca fortalecer esses relacionamentos, e sabe que o que nos faz competitivos e com ligação para três cidades, Porto Alegre, Florianópolis e Campinas, é a questão de mercado, porque temos uma ocupação dos voos de quase 100%. Ou seja, tem mercado tanto de voos daqui para a Capital quanto para São Paulo. E estamos sempre em busca de ampliar a quantidade de rotas. A Azul tem sido uma parceira desde sempre – lembrou Ticiana.

Atualmente, Santa Maria tem quatro voos por semana para Porto Alegre e três para Campinas pela Azul, além de três voos semanais para Florianópolis pela VoePass.

Novo terminal e reforço da pista

A curto e médio prazos, o Aeroporto Municipal de Santa Maria precisa de duas melhorias. A primeira é a ampliação do terminal, que tem mais de R$ 25 milhões de verba federal garantida. Porém, o projeto feito pela Infraero (contratada pela prefeitura) para a obra que prevê triplicar o tamanho do terminal de embarque e desembarque ainda depende de aprovação da Secretaria de Aviação Civil (SAC), em Brasília. Como tudo que envolve aviação civil é burocrático e complexo por envolver questões de segurança, não há um prazo para a resposta sair nesse projeto que se arrasta há anos.

 
De acordo com Ticiana, que deixou o cargo em 31 de dezembro, a próxima luta da nova gestão do prefeito Rodrigo Decimo (PSDB) deve ser convencer o governo federal a aplicar de R$ 40 milhões a R$ 50 milhões, segundo estimativa da SAC, para reforçar a pista da Base Aérea e permitir que o aeroporto possa receber pousos de aviões a jato, que são maiores. Isso é fundamental para tentar mais voos diretos de Santa Maria a São Paulo e Campinas ou até para outra Capital, já que a Latam e a Gol voam apenas com aviões a jato, com Boeing e Airbus, com 138 passageiros ou mais, que hoje não podem pousar em Santa Maria. Com isso, a cidade fica dependente apenas da Azul e VoePass/Latam, as únicas que operam com o turbohélice ATR-72, de 70 passageiros, que faz voos mais curtos e cujas viagens são mais demoradas.

Já um novo aeroporto é uma ideia a longo prazo.


Leia também




Carregando matéria

Conteúdo exclusivo!

Somente assinantes podem visualizar este conteúdo

clique aqui para verificar os planos disponíveis

Já sou assinante

clique aqui para efetuar o login

imagem Deni Zolin

POR

Deni Zolin

deni.zolin@diariosm.com.br

ATU pede reajuste anual da tarifa do transporte, que pode subir até 10% em Santa Maria Anterior

ATU pede reajuste anual da tarifa do transporte, que pode subir até 10% em Santa Maria

Contrato com Corsan prevê redes de água em mais distritos: veja quais Próximo

Contrato com Corsan prevê redes de água em mais distritos: veja quais

Deni Zolin