Foto: Rota (Divulgação)
Em entrevista ao Diário, o diretor da Rota, Leandro Conterato, voltou a afirmar que a concessionária segue com o plano de antecipar a duplicação dos 130 km entre Novo Cabrais e Tabaí na RSC-287, concluindo tudo até agosto de 2028, dois anos antes do prazo contratual. Será um grande desafio, pois é uma obra estimada em mais de R$ 1,5 bilhão.
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Por outro lado, admitiu que, em função das enchentes, que obrigarão a reconstrução de trechos inteiros, será preciso atrasar a duplicação do trecho urbano de Santa Maria. Ela inclui 1,5 km, do trevo do Aeroporto em direção à Base Aérea, e deveria ficar pronta até agosto de 2025. Porém, ficará para 2026 ou 2027, diz Conterato.
Já em relação à antecipação da duplicação do trecho entre Santa Maria e Novo Cabrais, em que existem tratativas para tentar fazer bem antes de 2040, Conterato diz que é possível, mas que depende do governo estadual decidir.
Questionado pela coluna sobre isso, o secretário estadual da Reconstrução, Pedro Capeluppi, não quis comentar agora. No ano passado, ele havia dito que não seria necessário mudar o contrato porque acreditava que, até 2033, seria atingido o número de 18 mil eixos por dia, o que, conforme o contrato, obrigaria a Rota a iniciar imediatamente a duplicação aqui na região, e sem necessidade de aumentar o pedágio ou pagar a mais para a concessionária – o que seria necessário, se fosse alterado o contrato para antecipar a duplicação.
Lideranças da região tentam duas alternativas para duplicar logo de Santa Maria à Quarta Colônia, ao menos: convencer o Estado a usar verbas do Fundo da Reconstrução ou a deixar para depois a duplicação entre Novo Cabrais e Candelária, para priorizar aqui, que tem um pouco mais de movimento de veículos. Nenhuma das ideias é fácil de ser implementada, mas não impossível também.
Veja, abaixo, alguns trechos da entrevista, com o que diz Leandro Conterato:
Duplicar antes do prazo
“Todos os investimentos relacionados à resiliência climática, a mensagem do governo do Estado é muita clara, que serão bancados pelo fundo, não penalizar a tarifa paga pelos usuários. Para as obras que estão previstas no contrato para o primeiro ciclo de investimentos (entre elas, a duplicação de 130 km entre Novo Cabrais e Tabaí), a gente sempre vai buscar fazer a duplicação junto com a reconstrução e conferir essas características. Para o trecho mais próximo de Santa Maria, cuja duplicação está prevista no segundo ciclo de investimentos, lá pelos anos de 2038 a 2040, a antecipação desses investimentos é possível? Sim, é possível. Existe a possibilidade de reequilíbrio contratual. Existe a possibilidade de antecipação por meio de recursos. Eu não sou capaz de afirmar isso, pois é uma decisão a critério só do governo do Estado. Antecipação, existem formas de se fazer isso contratualmente. Hoje, todos os esforços estão para começar as obras de reconstrução, e as duplicações que estão em andamento agora. A gente é ciente da demanda da região de Santa Maria pela antecipação, isso já foi objeto de algumas conversas do governo do Estado, e isso é uma decisão do próprio governo. A concessionária é apenas uma ferramenta para viabilizar a concretização dessas políticas públicas.”
Duplicação em Tabaí e Santa Cruz do Sul
“A expectativa é que a duplicação em Tabaí, a gente conclua antes, entre maio e junho, não apenas a travessia urbana, mas também uma parte do trecho rural, totalizando pelo menos cinco quilômetros, um pouco mais do que estava no contrato. Em Santa Cruz do Sul, em que são quase 3 km, ficará pronta a duplicação entre julho e agosto, e a continuidade das obras nos trechos rurais em que tem maior demanda de tráfego e também os trechos emergenciais, onde hoje estão os desvios provisórios. Esses trechos serão tratados como prioritários nesse novo cronograma, assim como o adiantamento da duplicação nos outros trechos. O nosso plano continua sendo a antecipação do cronograma, de que todo o primeiro ciclo de duplicações (130 km de Novo Cabrais até Tabaí) a gente consiga concluir com dois anos de antecipação em relação ao contrato de concessão, ou seja, até agosto de 2028.”
Duplicação do trecho urbano de Santa Maria
“Esse ano é impossível começar a obra nesse trecho. Em função de tudo o que aconteceu e da necessidade de priorizar os trechos emergenciais, acabou que vai direcionar esforços para construir e duplicar a ponte do Arroio Grande, assim como a ponte do Arroio Barriga e os trechos dos desvios de Candelária e Mariante. Isso tudo leva à necessidade de fazer uma reprogramação de obras e de compatibilizar tudo isso. Então, a travessia urbana de Santa Maria, ela vai postergar um pouco. Está descartado para este ano. O ano exato que ela vai acontecer vai depender do andamento e da própria aprovação do projeto pelo governo. A expectativa é que fique entre o próximo ano (2026) e o ano seguinte (2027).”
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