
Foto Deni Zolin
Por 11 votos a favor e 3 contra, o Conselho Municipal de Transportes aprovou, na manhã desta quarta (18), a proposta de aumento da tarifa técnica do transporte coletivo, que passa de R$ 6,85 para R$ 7,65 - 11% de reajuste. Com isso, o relatório final com essa proposta será encaminhado ao prefeito Rodrigo Decimo (PSDB), que terá o poder de decisão sobre qual será o valor cobrado na roleta, dos usuários de ônibus. Atualmente, a passagem está custando R$ 5 para os passageiros, pois a prefeitura banca o restante do valor às empresas. A dúvida é se, com a crise nos cofres públicos neste ano, o Executivo terá dinheiro suficiente para bancar R$ 2,65 por passagem.
Agora em junho, o procurador do município, Guilherme Cortez, admitiu que será difícil conseguir mais verbas para bancar o subsídio e a tarifa em R$ 5. Portanto, é bem provável de que, nas próximas semanas, a prefeitura acabe anunciando algum reajuste do valor cobrado dos usuários na roleta. A Associação dos Transportadores Urbanos (ATU) estima que seriam necessários R$ 26 milhões de subsídio para manter a tarifa em R$ 5 até dezembro. Cortez diz que o novo valor não será os R$ 7,65, que agora foram aprovados pelo Conselho, e que a prefeitura tentará o menor reajuste possível ao usuário de ônibus. O valor final dependerá de análises das finanças do município, entre outros fatores, mas possivelmente a prefeitura não terá os R$ 26 milhões necessários, de acordo com as estimativas da ATU.
Agora que o Conselho vai entregar sua decisão à prefeitura, o Executivo municipal fará reuniões para definir qual será o valor da passagem nos ônibus.
Nesta quarta à tarde (18), o procurador jurídico do município, Guilherme Cortez, afirmou ao Diário que a prioridade da prefeitura, neste momento, a atender a todas as necessidades da população atingida pela enchente. Depois, o Executivo vai analisar e decidir sobre a tarifa de ônibus.
Subsídio do início de 2025
De janeiro a abril deste ano, com R$ 1,65 de subsídio por passagem, a ATU diz que a prefeitura estava devendo R$ 7 milhões às empresas de ônibus. O Executivo mandou projeto para a Câmara de Vereadores prevendo o pagamento de R$ 4 milhões, o que foi aprovado em maio. Agora em junho, a prefeitura repassou R$ 3,6 milhões às empresas (descontados os impostos), mas segundo a ATU, teria faltado o município repassar R$ 150 mil para completar os R$ 4 milhões. De acordo com a associação das empresas, na prática, a prefeitura deveria ter pago R$ 1,85 por passageiro transportado este ano, mas pagou até agora só R$ 0,60.