Arroz: entidades gaúchas contestam dados da Conab

A colheita do arroz se aproxima e chama atenção os números divulgados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) em seu 4º Levantamento da Safra de Grãos 24/25, sobre a área, produtividade e produção de arroz. De acordo com o Instituto Rio Grandense do Arroz, órgão que realiza levantamentos de campo, a área plantada em relação a 2024, aumentou 2,69% e não 9,7% como estão sendo informados pela Conab. Embora pareça pouco, a diferença pode custar bilhões de reais ao país.


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Conflito de dados entre IRGA e CONAB

Para Alexandre Velho, presidente da Federarroz, a diferença de 60 mil hectares projetada entre o Irga – Instituto das entidades representativas dos produtores – e a Conab poderia gerar uma diferença expressiva de 500 mil toneladas a mais de arroz na colheita. Para as entidades gaúchas, o órgão federal está disseminando desinformação com dados superestimados possivelmente com intuito de influenciar os preços do cereal.


Nota fiscal eletrônica

Fevereiro de 2025 marca uma nova etapa do avanço da obrigatoriedade da Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) para produtores rurais no RS, alterando o processo de documentação fiscal para a circulação de mercadorias no setor agropecuário. A alternativa digital, que já é exigida para operações interestaduais, substitui o modelo 4 da Nota Fiscal, conhecida como Nota do Produtor Rural ou “talão do produtor”. A nota eletrônica passa a ser obrigatória para produtores rurais com receita bruta superior a R$ 360 mil.


Prazo final é janeiro de 2026

A transição é lenta, feita em etapas, para que os produtores possam se adaptar. A medida passará a valer para todos, independentemente do faturamento, em janeiro de 2026. O app Nota Fiscal Fácil é a alternativa sugerida pela Sefaz para a emissão dos documentos fiscais. A ferramenta simplifica o procedimento e permite, inclusive, o uso no meio da lavoura, sem internet.


Prova top Brangus  
A Associação Brasileira de Brangus (ABB) divulgou o resultado da Prova Top Brangus/UFRGS 2024. Foram avaliados 40 exemplares com o objetivo de selecionar os animais que comem menos e produzem mais através da avaliação de seu Consumo Alimentar Residual. 


A tropa de elite da edição 24 está composta por animais da Estância Madrinha, de Dom Pedrito, da La Estância, de Pantano Grande, da Cabanha Paipasso, de Barra do Quaraí, do Condomínio Rocha Sartori, de Santa Maria, da Fazenda Piratinizinho, de Piratini, da Cabanha La Reina, de Uruguaiana, da GAP - Estância São Pedro, de Uruguaiana, da Estância Itamainó, de São Pedro do Sul, da Brangus GR, de Santana do Livramento, além da Brangus HP, de Martinópolis/SP.


Busca da eficiência
Da composição do custo de produção, a alimentação dos animais pode representar até 70% do valor total. De acordo com o presidente da ABB, Caio Osório, “é fundamental desenvolver testes para identificar os exemplares mais eficientes e minimizar gastos dentro do sistema produtivo”. 


Para Andrea Reis, coordenadora técnica da ABB, “animais que comem menos e ganham mais peso são ideais para sistemas de confinamento, gerando impacto direto no bolso do produtor”.


Adaptabilidade do Brangus no Rs
Para o professor Jaime Tarouco, coordenador da prova conduzida na UFRGS, “é fundamental se identificar exemplares superiores para esta característica para que haja disseminação desses genes”. Segundo ele, os animais tiveram um excelente ganho de peso, com uma média de 1,9kg. A prova demonstrou a potencialidade do Brangus como raça já adaptada no RS.


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Daniele Araldi

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