Após a Corsan ter interpelado judicialmente o vereador Tubias Callil, do PL, em decorrência das críticas que ele tem feito aos serviços prestados no município, a Procuradoria Jurídica Legislativa deu início a uma ofensiva contra a concessionária. O entendimento é bem claro: o de que a empresa deu de ombros à função óbvia de um parlamentar, que é a de fiscalizar. Resumindo: a Mesa da Câmara tomou para si a defesa institucional do edil liberal.
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Por determinação do presidente do Legislativo, o tucano Admar Pozzobom, o procurador jurídico da Casa, causídico Lucas Saccol Meyne, se debruçou nas últimas semanas para realizar a defesa, na verdade, não só da função legislativa, mas também do próprio Parlamento, como instituição.
A peça, feita pelo procurador, enfatiza que a liberdade no exercício do mandato assegura ao vereador a independência que o cargo requer.
Em tempo: por conta desse bafafá todo, envolvendo a Corsan, Tubias Callil é, na largada da atual legislatura, o parlamentar com maior visibilidade nas redes sociais. E, para além disso, contabiliza o engajamento real da população.
Uma prova foi a reunião pública realizada em 14 de janeiro e que lotou as galerias do Plenário do Palacete da Vale Machado, para tratar dos serviços prestados pela Corsan em Santa Maria.
Tubias levantou a pauta da Companhia ainda no transcorrer do ano (eleitoral) passado. Ao abordar a utilização legal de poços artesianos para consumo de água potável, ele emplacou duas leis, ambas aprovadas pelo Legislativo e sancionadas pelo então prefeito Jorge Pozzobom (PSDB), ainda no ano passado.
O (negado) plano B
Eduardo Leite não dá sinais de desistência da tentativa de virar presidente. Nem mesmo com a entrada de mais atores e interesses, seja qual for a opção do PSDB diante do quadro de fusão ou a incorporação por outro partido. Mas o fato é que seu entorno também trabalha com o plano B, a busca de uma cadeira no Senado, pois à reeleição a lei impede e já está comprometido com o seu vice Gabriel Souza, do MDB – que pode, inclusive, vir a ser o partido do hoje tucano.
“Provinha” de 2026?
É pouco provável (embora não impossível, afinal é de política que se está a escrever) que as rusgas verbais entre o governador e o deputado federal petista Paulo Pimenta sejam uma “provinha” do que será a disputa eleitoral do próximo ano, pois ambos disputam cadeira diferente. Mas o fato é que talvez seja melhor não descuidar da possibilidade de também Leite disputar o Senado. Sempre lembrando: são duas vagas.
Desafios petistas
Ninguém fala, no partido, pelo menos publicamente. Mas o fato é que o PT está numa encruzilhada, justamente no momento em que festeja seus 45 anos. A questão vai além do que aconteceu no início da semana em que, no Rio Grande do Sul, a sigla fez uma série de atos, inclusive a inauguração de galeria dos ex-presidentes estaduais, evento regado a champanhe, suco de uva e quitutes diversos.
Desafios petistas
A agremiação do presidente Lula, aliás, tem, no território gaúcho, duas empreitadas próximas bastante consideráveis. Uma, mais simples, ao que parece, é confirmar as pré-candidaturas de Edegar Pretto ao Palácio Piratini e Paulo Pimenta ao Senado em 2026. Já mais complicada e em curso é a tentativa de uma candidatura unificada, ou ao menos francamente majoritária, para presidir a sigla a partir do meio do ano.
Para fechar!
O ex-deputado estadual e ex-candidato a prefeito pelo Novo, Giuseppe Riesgo, está diante de um grande desafio, se quiser continuar como identificado com Santa Maria. No caso é, mesmo secretário municipal de Parcerias da Capital, não perder o vínculo com a boca do monte. Isso pode ser fatal para pretensões futuras.
