Você sabia que Santa Maria tem uma lei que criou a Semana de Camobi? E do Bairro Nonoai? Salvo engano, o Itararé e o Rosário também contam com suas semanas legalmente previstas, assim como outras comunidades. São todas fruto da iniciativa de três ou quatro legislaturas atrás, quando vereadores as propuseram. Agora, a pergunta principal: houve atividade em algum momento para marcar as datas? Pooois é.
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Ah, antes ainda, por obra, graça e projeto de outro grupo de legisladores, se criou um punhado de “dias municipais” dedicados às profissões. Todas, ou quase, já lembrados na legislação estadual ou até federal. Agora, por exemplo, alguém sabe qual o Dia Municipal do Pedreiro? E do Gari? Pois então...
O que houve, num momento e outro, foi o exercício pleno de parlamentares ganharem um pouquinho “de mídia”, além de se fartarem nas diversas categorias ou recantos homenageados. Sem qualquer repercussão efetiva no dia-a-dia dos profissionais ou nos moradores de vários bairros.
A tentação de chamar as ações dos dois períodos de “moda” é grande. Mas o leitor pode fazer tal julgamento, se desejar. Ocorre que, na Legislatura iniciada há dois meses e pouco, nova situação começa a surgir. No caso, a formação de “Frentes Parlamentares”, colegiados com edis de vários partidos, até antagônicos, para defender determinado assunto ou circunstância.
Conforme o site da Câmara, nesse curto período já foram implantadas nada menos que 11 Frentes. Que se diga: nenhuma tem controvérsia. Ou alguém é contra, por exemplo, a segurança pública, o idoso, o esporte ou o interior do município? Ou, para tomar uma das mais recentes, proposta pelo pepista Sérgio Cechin, “de apoio à realização do carnaval de Santa Maria?”
Tomara que, dentro de alguns anos, ninguém venha a dizer que as frentes parlamentares tenham sido “a moda” da atual legislatura.