PDT, os seus três lados e uma dobradinha inédita para 2026

O colunista fica a imaginar o contorcionismo verbal de algumas lideranças, claramente identificadas com uma posição político-ideológica, para explicar os três lados do PDT. E mais que isso: defender.


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O fato é que os pedetistas estão aliados com os tucanos no Estado, com direito a uma secretaria e já a caminho da segunda (com o compromisso de aliar-se ao governo na disputa pelo Piratini). Também apoiam a gestão do PSDB em Santa Maria. Com um porém: embora participe da Mesa Diretora de viés governista da Câmara, o edil da sigla tem postura crítica em relação à gestão municipal.


O terceiro lado vem de Brasília, com o partido alinhado ao governo Lula, com defesa enfática das proposições oriundas do Planalto. E também lá com ministério a tiracolo.


Seria o caso de dizer que o partido fundado pelo falecido doutor Leonel é um poço de contradições? Com certeza. Mas, ao mesmo tempo, em Santa Maria, o partido ensaia interessante renovação de nomes, nas candidaturas a deputado em 2026. Encaminha-se, com clareza, inclusive com a aprovação do presidente Paulo Burmann, uma dobradinha inédita. Para a Assembleia, Luiz Fernando Cuozzo Lemos. E à Câmara dos Deputados, o ex-presidente da sigla há década e meia, Eduardo Barin Faccin.


Se, de um lado, há clara tentativa de oxigenar a agremiação, o que é bom, de outro é necessário que o partido se defina. Afinal, se fala que não é legal atender a dois senhores. Imagina três.


A convenção...
Assinado pelo presidente Antonio Carlos Lemos, já está publicado o edital em que são convocados os (mais de 3 mil) filiados do MDB, para a convenção municipal do partido. A data é a mesma já informada aqui, o próximo sábado, 26. A novidade é a chamada também da reunião do Diretório a ser eleito, tão logo acabe o encontro, às 14h15min, no plenário do Palacete da Vale Machado, sede da Câmara.


...e a executiva
A pauta da reunião do Diretório, no pós-convenção, é exatamente definir a Executiva. Que se imagina será negociada à exaustão até lá, de maneira a já se ter, no mínimo, o nome do(a) presidente. Um grupo de próceres está trabalhando nisso, especialmente o presidente, e vão tentar o consenso até lá. O nome, como você já leu aqui, é o do atual tesoureiro Igor Severo. Será ele? No próximo sábado se saberá.


Ponto de encontro

Tanto quanto os de Beto Fantinel e Valdeci Oliveira, o gabinete de Jorge Pozzobom, recém-empossado secretário de Sistema Penal e Socioeducativo, virou ponto de parada obrigatório para autoridades locais e regionais em visita à capital. Nesta semana, por exemplo, três edis santa-marienses por lá estiveram. Com todas as letras, que se diga, esta situação é uma vantagem político-eleitoral pra lá de competitiva. Para os três.


Nervosismo
No bom (agitado) e no mau (açodado) sentido, o nervosismo é evidente em boa parte dos líderes partidários locais. A razão é a mesma: as articulações para o pleito geral de 2026. O pior dos problemas é administrar as negativas (dadas e recebidas). Mas faz sentido. Afinal, com escassas chances de influenciar em decisões nacionais ou mesmo estaduais, restam às agremiações cuidar da sua própria comuna.


Para fechar!
Olha essa: na Câmara o pessoal adora colegiado. Não bastam as Frentes Parlamentares, que já são perto de 30. Agora, o tcham são as Comissões Especiais. Só em abril foram instituídas 14. E tratam dos mais diversos temas. E qual a diferença entre Frente e Comissão? Tempo de duração: esta não passa dos 90 dias, se houver a prorrogação do prazo inicial de 60 dias.

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