Foto: Divulgação
É possível dizer que o governo de Jorge Pozzobom é amplo. Não tem apenas tucanos ou técnicos. Claro, há indicados de outras agremiações, além do PSDB. Mas nenhuma é de secretário, por exemplo. Eles estão no segundo escalão e, salvo os da cota pessoal do prefeito, são sugestões no varejo. Sim, há vereadores com indicação de cargos de confiança, para começar.
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Dito isto, o que se vê agora, ainda que à distância, é situação diferente. Até o “tititi” dos corredores vai noutra direção. A tendência é uma influência maior das siglas que apoiaram o projeto Rodrigo Decimo/Lúcia Madruga. Aliás, nem bem as urnas mostravam a vitória (e sua dimensão), e já eram correntes as especulações sobre a formação do futuro governo santa-mariense.
Até que se anuncie o novo primeiro escalão (que se diga, preocupação mais do entorno que dos eleitos), a fofocaiada se instalará. Mas, para além dela e da tentativa de cavar um lugar no próximo governo, é fato que algumas situações se criaram e são óbvias.
A primeira delas, e mais importante, do ponto de vista político, é que a futura gestão, não obstante as ideias pessoais do prefeito eleito Rodrigo Decimo, terá de se ampliar, em relação à atual. Para começar, haverá espaço, hoje inexistente, para o PP de Pablo Pacheco e Lúcia Madruga. Em que medida, não se sabe. Mas haverá.
Já contam com cargos os vereadores reeleitos do MDB e o Republicanos, naquela política varejista do momento. O próprio PSDB passará a exigir mais do comandante do Executivo, a começar por suplentes bem votados na disputa à Câmara. O PL, não obstante o fato da presidente Roberta Leitão não ter sido exatamente presença ostensiva na campanha, tem dois vereadores atuantes. Eles serão recompensados pelo apoio franco na segunda etapa do pleito? Ou, o que é possível, se absterão?
E ainda há outras duas incógnitas. Uma é o Novo, com um vereador e que contou com a adesão entusiasmada do candidato a prefeito Giuseppe Riesgo. Desinteressada, se diz. Mas o voto do edil novista virá naturalmente para o governo, é o que se imagina. A outra é o “neutro” PDT, que tem cargos no governo hoje, via “recomendações” de Luci Duartes.
Terá também no próximo governo? E serão indicados por quem?
São todas questões a ser resolvidas. E em nome da governabilidade e da tranquilidade no novo Legislativo, haverá inevitável reengenharia, com a abertura de espaços para os recém-aliados. Em que medida? Não demora se saberá.