Decimo assume protagonismo na solução da bronca da Corsan

Decimo assume protagonismo na solução da bronca da Corsan

Foto: Beto Albert

Levantamento disponível (e confiável) na internet aponta que entre os dias 8 de fevereiro e 4 de março, exatos 25 dias, foram registrados nada menos que 26 casos de desabastecimento de água em Santa Maria. Isto é, mais de um a cada 24 horas, em média.


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Neste preciso momento em que você lê este texto, há algum local da cidade sem água para a população. Existe, inclusive, pela lei das probabilidades, a chance dele estar num desses três bairros, que concentraram a maior parte dos problemas: Camobi, Patronato ou Centro.


Diante desse fato, é óbvio que a grande vilã no ideário popular é a Corsan Aegea, a empresa concessionária do serviço. Que, aliás, transparentemente, se diga, admite os problemas, e afirma estar adotando medidas para resolver a situação. Que, por sinal, é decorrente, na maior parte dos casos, dos rompimentos de rede, obviamente sem condições de suportar a pressão.


Diante dessa situação, que atormenta praticamente toda a população do município, ainda que se possa admitir que alguma coisa estivesse sendo feita nos bastidores, a única situação estranha é a demora da prefeitura, que, a rigor, somente no sábado de carnaval “colocou o pé na porta”.


Antes tarde, porém, que mais tarde. O prefeito Rodrigo Decimo tirou o pessoal de casa no primeiro dia dedicado às folias de Momo e exigiu a ação da concessionária. Afinal, além da própria empresa, a situação, de resto deplorável, já estava caindo no colo dos gestores municipais.


Para além do desabastecimento, outras questões afloraram nesse período e também exigiram a atenção do poder concedente. Inclusive contas cobradas com exagero e erro, conforme a denúncia de usuários, que fizeram ato público de protesto na quinta-feira. E que, aliás, foi causa de outra medida tomada pela Corsan, por exigência de Decimo. No caso, a meia dúzia de mutirões realizada desde a quarta-feira de cinzas e que devem seguir na próxima semana.


A entrada da prefeitura nessa história, além de obrigação de governo, tem componente político impossível ignorar: a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito na Câmara de Vereadores, e controlada por edis oposicionistas. Afora o fato determinado não implicar em mudança no contrato de concessão assinado pelo governo anterior, não há dúvida: trata-se de encrenca política potencial. E inevitável.


Supõe-se que a mudança de tática de enfrentamento da situação, para lá de real e atingindo diretamente boa parte da população, seja, de um lado, para assumir o controle do problema; e de outro mitigar efeitos da ação parlamentar oposicionista, que está a cumprir o seu papel fiscalizador.


Como terminará tudo isso?
Tomara que com a vitória do contribuinte, que quer água de qualidade em suas torneiras. E ponto.

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