Com o regimento embaixo do braço, a “batalha” que se trava na Câmara

Está em curso, no apagar deste primeiro semestre do ano inicial da Legislatura, uma batalha entre oposicionistas e governistas em torno de algo que regra a vida dentro do palacete da Vale Machado: o Regimento Interno, documento que versa sobre o andamento de todo o Parlamento.

É evidente que, neste momento, os dois grupos dominantes e preponderantes no plenário da Casa medem forças, e, neste jogo, que dura bem mais de 90 minutos, cada qual faz uso das ferramentas que dispõe.
Até aqui, a tropa que representa a gestão municipal tem levado a melhor. Mas não sem desgastes e baixas. Sim, baixas. 

Um vereador, que já se coloca para o lado mais de centro-esquerda é Lorenzo Mazzine Pichinin (PSDB), que estaria a caminho do MDB, e não tem hesitado em criticar e votar contra o Executivo municipal do qual supostamente faz parte.

Desgastes que também vão se avolumando. Um deles, e o mais perceptível até aqui, se dá em relação à reforma previdenciária. E opõe vereadores e sindicatos das categorias do funcionalismo e até com colegas dublês de edis e servidores – da prefeitura e do Legislativo.

 
O bloco governista, capitaneado pelo líder Givago Ribeiro (PSDB), joga, como se diz, com o regimento “debaixo do braço”. Quem reforça essa tática é o vereador Alexandre Pinzon Vargas (Republicanos), que já foi líder de governo anterior, do também tucano Jorge Pozzobom.

 
O mais recente estreante no time pró-Rodrigo Decimo é Marcelo Bisogno (UB), que na sessão plenária de terça-feira foi o porta-voz dos que “puxaram” os votos para derrubar a moção de repúdio à Corsan, proposta pelo vereador e grande adversário da companhia, Tubias Callil (PL).

 
Do lado da oposição, o vereador Werner Rempel (PC do B) fez críticas aos atropelos sistemáticos da bancada governista. Ele pontuou que virou rotina o envio no afogadilho de Projetos de Leis que são incluídos na Ordem do Dia. O experiente parlamentar diz que a gestão faz uso do aparato e do establishment da Mesa Diretora para aplicar “dois pesos, duas medidas”, conforme o tema abordado.

 
Fato é que, até o momento, os dois grupos andam se digladiando em busca de se antecipar ao próximo movimento do “outro lado” com base no que diz o Regimento Interno. Numérica e estrategicamente, o lado governista tem sido mais eficiente. Até agora.


+ Receba as principais notícias de Santa Maria e região no seu WhatsApp


 

Carregando matéria

Conteúdo exclusivo!

Somente assinantes podem visualizar este conteúdo

clique aqui para verificar os planos disponíveis

Já sou assinante

clique aqui para efetuar o login

Escolha do próximo reitor da UFSM divide a esquerda santa-mariense Anterior

Escolha do próximo reitor da UFSM divide a esquerda santa-mariense

Não só temas locais deixam de ser tabu; uso da cannabis também Próximo

Não só temas locais deixam de ser tabu; uso da cannabis também

Claudemir Pereira