Foto: Reprodução
Quem acha que a campanha à prefeitura está quente, e até com golpes abaixo da linha de cintura, e respostas na mesma medida, não tem ideia do que está acontecendo numa disputa quase fraticida, retoricamente escrevendo. No caso, a que envolve a briga pelas 21 cadeiras disponíveis no plenário da Câmara.
+ Receba as principais notícias de Santa Maria e região no seu WhatsApp
Para que o leitor tenha ideia do que está ocorrendo, o colunista ouviu militantes de várias siglas e traz um esboço do tamanho da bronca que é a disputa por vaga no parlamento.
Aparentemente mais tranquila, embora a dificuldade que enfrentam para alcançar o quociente eleitoral e garantir uma cadeira, é a luta interna no PSol, no PSD, no PSB e no Podemos. Se conquistarem vaga, desconsideradas eventuais surpresas, o primeiro deve eleger a mesma militante campeã de votos no pleito passado, e os outros três, se garantirem um edil devem ser os atuais ocupantes da vaga.
Com a tendência de manter suas duas cadeiras, Republicanos tende a reeleger os atuais edis, mas há pelo menos um desafiante, filho de vereador graúdo que se aposentou da política.
As disputas maiores, porém, e que às vezes levam a caneladas nem sempre sutis e um jogo de cada um por si, se dão nas demais chapas. Embora isso não ocorra no Novo e no PRD, por exemplo, em que o desafio é outro: alcançar o quociente eleitoral na primeira eleição de ambos na cidade. No também novato UB, a tendência é a conquista de uma cadeira, a ser ocupada por ex-vereador campeão de votos. Se não houver surpresa.
No PP, que elegeu quatro edis em 2020 e só tem um (que não concorre) hoje, se imagina possa manter as vagas ou perder uma. Só não se sabe quem será, embora dois nomes favoritos: ex-candidato a prefeito e um ex-vereador oriundo de sigla de esquerda. E quem mais? Qualquer palpite será chute.
O PSDB, federado com o Cidadania, tentará manter as atuais três cadeiras. Os hoje ocupantes têm vantagem, mas há gente correndo por fora, com boas chances, consta, para um ex-secretário de município.
O PL tem situação interessante. Conquistou três vereadores, um deles a candidata a prefeita, Roberta Leitão, oriunda do PP. Se obtiver duas cadeiras, uma aposta dos analistas, salvo improvável surpresa, a tendência é manter a bancada, reelegendo os recém-chegados.
De todos os grandes partidos da cidade, o MDB é, aparentemente, o que terá mais problemas. Embora o otimismo público, intramuros a aposta é dupla: fazer duas cadeiras e com os mesmos atuais ocupantes. Em 2020 foram três.
Não é mansa também a situação na Federação PT/PC do B/PV. Estima-se que deva eleger cinco edis, taaalvez seis, num cenário de otimismo interno. Dois devem ser do PC do B, e os outros vinculados ao PT. Dá-se de barato que sejam seis, talvez sete, fortes concorrentes petistas, inclusive quatro mulheres. Ah, e já há três em busca de reeleição.
Por fim, o PDT. Há quem acredite que, pela força da nominata, possam ser eleitos até dois edis, dobrando a atual bancada. Mas e quem as ocupará? Além da atual parlamentar, são pelo menos outros três fortes nomes.
Poois é. E ainda há quem ache que disputa forte é para a prefeitura. Pois sim...