Há, como muito poucas vezes nas últimas décadas, bastante otimismo no que toca ao desempenho das candidaturas santa-marienses à Assembleia Legislativa. Em relação à Câmara dos Deputados a história é diferente, mas sobre esta a coluna tratará noutro momento, mais adiante.
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Já em relação ao parlamento gaúcho, sem desconhecer outros nomes, que podem surpreender positivamente, há ao menos quatro possibilidades concretas no horizonte. Isso faria, objetivamente, com que a cidade dobrasse sua representação.
São nomes expressivamente competitivos os atuais deputados Beto Fantinel (MDB) e Valdeci Oliveira (PT) e dois ex-parlamentares, o novista Giuseppe Riesgo e o ainda (por enquanto) tucano Jorge Pozzobom.
Também não se pode desconsiderar as outras possibilidades, que dependerão muito do apoio interno que angariarem, além de outras variáveis, inclusive a concorrência nos próprios partidos, sem falar do quociente eleitoral. As mais evidentes são Roberta Leitão (PL), Luiz Fernando Cuozzo Lemos (PDT) e Alice Carvalho (PSol).
Não se está aqui a considerar outras situações, como uma eventual migração de Valdeci Oliveira para deputado federal, o que abriria espaço para outro petista à Assembleia, com grande potencial, mas não tanto quanto o atual deputado. Casos de Valdir Oliveira e/ou Sidinei Cardoso. Sem falar, claro, de mais algum nome que surgir, e nesse caso a grande incógnita é mesmo o PP, grande abrigo de candidatos forasteiros.
Para esse cenário numericamente interessante, a coluna identifica risco que não pode ser desprezado, na medida em que a redução de votos locais fará com que se amplie muito a necessidade de buscar votos na região ou mesmo fora dela.
No caso, é a concentração de candidatos do espectro centro-direitistas. Não se quer aqui que os partidos se entendam e reduzam o número de nomes. Longe disso. Se trata apenas de constatação.
Note-se que tentarão atrair votos centro-esquerdistas, além de Valdeci Oliveira, também Alice Carvalho e Luiz Fernando Cuozzo Lemos. Os demais aqui citados, todos, têm sua prioridade no público à direita (no máximo no centro). Nessa condição se encontram Beto Fantinel (o menos focado direitista entre eles), Jorge Pozzobom, Giuseppe Riesgo e Roberta Leitão.
No que toca exclusivamente aos votos locais, o primeiro tem a estrutura partidária como trunfo. Já o segundo pode e vai contar com a lembrança de dois bons mandatos de prefeito. O terceiro e a quarta, afora qualidades pessoais, devem contar com a lembrança recente de suas candidaturas a prefeito.
A questão é: será suficiente? Da resposta a essa pergunta dependerá a chance de eleição de todos.