Base governista na Câmara passa pelo forte teste da madrugada

Com cinco meses de gestão, o governo Rodrigo Decimo contabilizou, na madrugada de quarta-feira, em sessão extraordinária da Câmara, do ponto de vista da base aliada, uma vitória frente à oposição cada vez mais organizada e alinhada. No caso a aprovação do PL nº 9966/2025, de autoria do Executivo, que prevê a concessão de subsídio da ordem de R$ 4 milhões ao transporte coletivo. Com 12 votos favoráveis e oito contrários, a matéria foi emplacada após longa e cansativa queda de braço.

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Regimentalmente, Admar Pozzobom foi (bem) instruído pelo procurador jurídico, Lucas Saccol Meyne, tendo na retaguarda o chefe de Gabinete, Glauber Licker Rios, que também já foi procurador. Ambos seguraram a onda do presidente do Parlamento.

 
A observância dos pormenores e das letras miúdas do Regimento envolveu a oposição, que acabou sendo literalmente voto vencido. Ao grupo (PT/PSol/PCdoB), somaram-se os vereadores Luiz Fernando Cuozzo Lemos (PDT), Luiz Roberto Meneghetti (Novo) e Tubias Callil (PL). O trio alegou que a gestão Decimo mantém prática do governo de Jorge Pozzobom: enviar projetos complexos “no apagar das luzes”.

A sessão também deixou mais ou menos claro que haverá um apoiador da administração: Marcelo Bisogno, do União Brasil. Ele, que aliás, adotou o discurso de que nenhum prefeito, até hoje, resolveu o processo da lendária licitação. E resumiu que a concessão (ou não) de subsídio, bem como o valor a ser aportado, “é prerrogativa única e exclusiva do prefeito”.

Esse foi considerado o primeiro teste de fogo da base, que terá ainda, na sequência (ainda antes do recesso parlamentar), a reforma previdenciária e, como tentativa de dar fôlego à arrecadação, a atualização da planta imobiliária.