
Foto: Pablo Piegas (Arquivo/Diário)
Independentemente da virtual criação da federação com o União Brasil – o que terá reflexos locais –, a situação interna do Progressistas (PP) em Santa Maria está longe de estar tranquila. Um conflito que se imaginava superado, entre os mais jovens e os históricos, reacendeu com a assunção do jovem ex-vereador Pablo Pacheco à presidência da sigla.
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O ex-“um monte de coisas” – vice-prefeito, candidato a prefeito e a deputado, além de vereador por diversas legislaturas – Sérgio Roberto Cechin atua como ponta-de-lança da ala histórica.
Para o leitor ter uma ideia, ele utiliza todos os fóruns internos do partido, inclusive grupos mais restritos em aplicativos de mensagens, para declarar que “o PP de hoje não é o da vice-prefeita Lucia Madruga”. Refere-se, evidentemente, à figura de maior visibilidade e poder no partido, bastante ligada politicamente ao presidente Pacheco.
A Cechin, apurou esta coluna, soma-se outra militante de peso: Sandra Rebeleto, que também se posiciona como voz dissonante no PP atualmente representado pela vice-prefeita. E nesse enrosco político de grandes proporções entra ainda o vereador Luiz Carlos Fort, recém-chegado do PT, que também estaria insatisfeito com os rumos do partido.
Por outras razões, aliás, tem sido cada vez menos cogitado como secretário – cargo para o qual havia sido anunciado antes mesmo da posse do novo governo.
O fato é que, em meio a esse imbróglio, o PP caminha para uma reestruturação interna, com a saída de Pablo Pacheco da presidência – decisão tomada a pedido, por razões profissionais.
De um lado, está a velha guarda, querendo retomar o comando da sigla; de outro, os mais jovens, com a tentativa de Pacheco de encontrar um sucessor com propósitos semelhantes ou, pelo menos, alguém que não represente um grupo que, segundo seus aliados, está interessado apenas em “rememorar o passado”.
Entre os históricos, representados pelo decano dos vereadores, surge ainda a possibilidade de uma improvável reaproximação com um velho companheiro e ex-rival político: José Farret, outro militante longevo, hoje filiado ao União Brasil.
E é justamente nesse cenário que se anuncia, para a próxima terça, a formalização – pelas direções nacionais – da nova federação partidária, unindo PP e União Brasil. E em Santa Maria, como será a tal “União Progressista”? Simples: os dois partidos estarão “amarrados” e não poderão se separar por, no mínimo, quatro anos – o que abrange tanto a eleição nacional quanto a municipal de 2028.
Em nomes? Cechin, Farret, Bisogno, Pacheco... todos juntos. Que tal?