Foto: Beto Albert (Diário)
A conversa foi curta, no amplo corredor de uma instituição que o recebera e ele já a caminho de outro compromisso. Ainda assim, foi possível obter informações relevantes sobre o futuro político do prefeito santa-mariense Jorge Pozzobom, do PSDB, que tem ainda 32 dias de mandato.
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A seguir, um resuminho do papo com o colunista, nas palavras do tucano:
– Não sei o que acontecerá, exceto que vou resolver questões da minha vida.
– Cuidei de um monte de coisas e do interesse de várias pessoas; agora vou aproveitar o tempo para mim.
– Já estou providenciando a retomada da minha carteira da OAB. No primeiro dia útil depois de um período de folga, volto ao escritório. Afinal, sou advogado.
– Sobre a política, não sei ainda o que vou fazer (perguntado sobre cargo no Governo do Estado), mas se for candidato em 2026 será a deputado estadual, e não a federal.
Isso é o que, talvez não exatamente com essas palavras, disse Pozzobom, no meio desta semana. Agora, o que o escriba colheu, ouvindo outras fontes, mais e menos próximas ao atual chefe do Executivo.
Embora tenha deixado clara sua opinião, especialmente no que se refere ao fato de o próximo governo, do seu atual vice e amigo Rodrigo Decimo, não começar do nada, pelo contrário, não está fazendo qualquer movimento aparente no sentido de influenciar na formação do próximo primeiro escalão.
Com relação ao que acontece a partir de 2 de janeiro, nada impede que Jorge Pozzobom advogue. Pode fazê-lo, e provavelmente fará isso, inclusive por questões financeiras. Mas com certeza, em algum momento breve estará em alguma posição importante na política, e provavelmente no Governo do Estado. Há consenso no Palácio Piratini acerca do significado de vitória tucana em Santa Maria e a participação, nela, de Pozzobom.
Por fim, a questão da candidatura em 2026. Mais de 10 entre 10 analistas não têm qualquer dúvida de que o futuro ex-prefeito seguirá na política eleitoral e estará na urna eletrônica do próximo pleito. Sobre o cargo, parece evidente (e ele está certo) que o tucano fará uma jogada de segurança.
Há alguns anos, antes mesmo de virar prefeito, Pozzobom disse ao colunista de seu sonho de ser deputado federal. Difícil acreditar que tenha esquecido. Mas a política ensina, e ele aprendeu, que há hora para tudo. E esta não é, ainda, a de ir para Brasília. É o que explica a opção, dentro de dois anos, pela disputa de uma vaga na Assembleia Legislativa – para a qual pretende voltar após 10 anos.