
Foto: Beto Albert (Arquivo/Diário)
A maior das instituições de Santa Maria, a Universidade Federal, está em ebulição. Travestida de Pesquisa, diga-se o que quiser, o fato é que se trata de eleição. E para o cargo máximo, que irá ocupar o principal gabinete da Reitoria, ultrapassadas, depois da manifestação popular, as etapas formais, quais sejam a definição da lista tríplice pelos conselhos superiores e a nomeação pelo presidente da República.
Mas, afinal, o que há de novo, em relação a pleitos anteriores. Um dos fatos diferentes é que apenas duas chapas estão inscritas. Uma liderada pela atual vice-reitora, Martha Adaime (tendo como vice o Diretor do Centro de Tecnologia, Tiago Marchesan). A segunda, e desafiante, tem na cabeça o ex-reitor Felipe Müller (na companhia do vice, Alessandro Dal Col, diretor do Centro de Ciências Rurais).
O segundo fato é a ausência de uma chapa de esquerda, assim definida historicamente. Vai daí que o lado canhoto da política local se dividiu “bonito”. Tome-se, por exemplo, o PT, principal partido do segmento. Seja por liberação dos militantes, ou por falta de reunião prévia para alinhar o pensamento, o fato é que saiu um grupo importante para um lado e um segundo para o outro. O mesmo se dá em siglas menores, mas no petismo é ainda mais cristalino. Gente graúda está com Martha Adaime, assim como militantes da mesma importância se juntam a Felipe Müller.
Qual o efeito de tudo isso? Talvez, ou provavelmente, nenhum. Mas cada um dos concorrentes pode dizer que a esquerda está com ele(a). Parte, ao menos.