Burmann e o futuro governo. E ainda federação PDT/PSB/PSDB

Burmann e o futuro governo. E ainda federação PDT/PSB/PSDB

Foto: Claudemir Pereira

Eleito presidente, agora permanente e com prazo certo, e não provisório, na convenção de segunda-feira (2), o presidente do PDT e ex-candidato a prefeito Paulo Burmannn responde a duas questões bem objetivas, feitas pela coluna. Acompanhe:


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Claudemir Pereira – Qual a expectativa em relação ao novo governo? O PDT participará dele?

Paulo Burmann – Formalmente declarei antes do segundo turno que o partido reunido optou por não assumir nenhuma das propostas em disputa, simplesmente por tê-las combatido no primeiro. Uma questão de coerência. Ouvimos e vimos muito ranger de dentes e correntes sendo arrastadas por termos sido coerentes.


Há uma corrente de pensamento político que nunca assume seus erros e de sua base política e sempre se apega a busca de um culpado pelos seus fracassos. Dizem que é do jogo, mas é um jogo que não jogo.
Espero que a continuidade do modelo político e de gestão de décadas finalmente reverta esta tendência irresponsabilidade no uso do dinheiro público, que não tem chegado nem aos que mais precisam e nem aos setores que podem alavancar o desenvolvimento do município. Afinal quais são nossos indicadores de desenvolvimento, emprego, renda, saúde, educação, negócios e segurança?

 
O que temos claro é que a gastança tomou conta de 2024, e as notícias apontam rombo de mais de R$ 100 milhões nas contas da prefeitura. Dá pra competir com tanto dinheiro? Dá pra aceitar esta desfaçatez e esta dissimulação?

 
O fato é que o PDT está de olho no futuro e se for chamado não se furtará a contribuir. Isto não significa que tenha que estar ocupando cargos.

 
Gestão pública não é para aventureiros, mas eleição teremos a cada quatro anos por aqui, e a soberania do povo haverá de ser ouvida e respeitada

CP – A aventada discussão em torno de uma federação que uniria o PDT ao PSB e até ao PSDB. Qual sua visão?

PB – Este assunto está muito nebuloso. Trataremos dele no Seminário estadual do PDT, em Porto Alegre nestes dias 6 e 7. Mas qualquer movimento de aproximação deve seguir a ideia de uma proximidade ideológica. O Trabalhismo não pode se dar ao direito a qualquer dimensão de retrocesso programático. Uma realidade econômica e social como a nossa precisa adotar o trabalhismo como método e como inspiração para dias melhores, com um serviço público a altura dos desafios que temos. 


Os exemplos de desmonte no serviço público, que precisa ser reorientado, estão aí para todos verem: privatização na água e na energia elétrica, por exemplo, com respectivos resultados desastrosos. Qual é situação das rodovias de acesso à Capital privatizadas? Onde estão os defensores do estado mínimo? E pra complicar ainda mais estamos num franco processo de privatização da educação e da saúde.

O PDT precisa fazer profunda reflexão sobre seu futuro no Estado e no Brasil. Assim, estas federações ou fusões precisam ser cuidadosamente analisadas.



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