Sim, será dito e talvez até anunciado que o acordo do grupo majoritário na Câmara valerá por quatro anos. Mas, nos bastidores e sobretudo nos sempre bem informados corredores do Palacete da Vale Machado, há sérias dúvidas sobre o biênio 2027/28.
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Certo mesmo é que o presidente para 2025 será o tucano Admar Pozzobom, que retorna ao cargo. E no ano seguinte, outro veterano, o pepista Sérgio Cechin deverá mesmo ser reconduzido ao cargo que tão bem conhece.
Em princípio, se teria chegado a um acordo sobre 2027, com Rudys Rodrigues, do MDB, na presidência. E no último ano de Legislatura, se o acordo sobreviver até lá, Tony Oliveira presidirá. O que pode haver, aí, é uma inversão, com o emedebista assumindo em 2028.
Atenção, atenção: está tudo muito bem, mas a tradição da Câmara aponta para a impossibilidade histórica de um acordo por quatro anos. Mas, enfim...
Veterano(a)
Abril, e, no máximo, maio do próximo ano. É num desses dois meses que acontecem as convenções municipais no MDB do Rio Grande do Sul. Em Santa Maria, depois da renúncia de Francisco Harrisson, o presidente é Antonio Carlos Lemos. Nos bastidores emedebistas, não se acredita em nome novo para assumir o partido. Será um veterano. Há quem aposte, inclusive, no retorno da ex-dirigente Magali Marques da Rocha.
CCs da mesa I
Além da Mesa Diretora, os próximos integrantes do Legislativo negociam Cargos de Confiança a serem nomeados pelos dirigentes, conforme acordos partidários. Nos bastidores das conversas se dá como certa a manutenção de pelo menos três nomes para 2025. São eles Lucas Saccol (Procuradoria Jurídica), Luciano Diehl (Secretaria de Gestão e de Administração) e Marcelo Martins (Diretoria de Comunicação).
CCs da mesa II
O trabalho conjunto do trio pode ser visto na realização de três debates à prefeitura via canal aberto da TV Câmara – e com a inédita utilização de intérprete de Libras. O entrosamento também rendeu a colocação da (polêmica) estrutura de vidro no Plenário, reivindicada há tempos por parte de edis (e servidores), e alvo de críticas de vereadores da esquerda, que rotularam a medida de “segregadora”.
As causas
A postura firme da direção do PL, indicando a não participação da sigla no governo de Rodrigo Decimo/Lucia Madruga, e as próprias afirmações do vereador se colocando como virtual candidato a prefeito em 2028, teriam sido as causas a facilitar um acordo que retira Tubias Calil da disputa e coloca Tony Oliveira, do Podemos, como presidente da Câmara num dos quatro anos da próxima Legislatura.
Para fechar!
A votação contrária de petistas à moção de congratulações ao prefeito Jorge Pozzobom pelos oito anos de governo, proposta pelo tucano Juliano Soares, não chegou a abalar as relações de respeito entre oposicionistas e a gestão municipal. A declaração de que o voto foi político, e não pessoal, de certa maneira, é uma postura que marcou a relação das duas partes, especialmente nesse segundo mandato de Pozzobom.