As muitas história do Natal

Do nascimento de Jesus Cristo, até a chegada do Papai Noel. O Natal tem muitos significados, variando de pessoa para pessoa ou de cultura para cultura, e também muitas histórias. Começando por sua origem, data e muitas, mas muitas controvérsias. Porém, nenhuma que apague o brilho de uma das maiores festas do mundo.


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O solstício de Natal
Conta a história (ou pelo menos uma delas) que o Natal teve origem em festas pagãs que eram realizadas na antiguidade. Nessa data, os romanos celebravam a chegada do inverno (solstício de inverno). Eles cultuavam o Deus Sol (natalis invicti Solis), e ainda realizavam dias de festividades com o intuito de renovação. E isso há bem mais de 2024 anos, podendo datar cerca de 7 mil anos antes de Cristo, o que faz dessa celebração quase tão antiga quanto o próprio conceito de civilização.

 
Esse fato é bem aceito e quase que inconteste, inclusive pelos estudiosos cristãos, uma vez que a história nos conta que a entrada do Cristianismo entre os povos que tinham outras religiões, se deu de maneira gradual, utilizando-se e resignificando suas principais festividades.


O aniversariante do dia
Não, não e não... Jesus Cristo definitivamente não nasceu no dia 25 de dezembro. A data exata, até hoje ninguém sabe. E nenhuma documentação conhecida consegue afirmar com certeza a data do nascimento de um dos maiores, senão o maior, personagem da história da civilização.

 
“Não sabemos com precisão nem o ano em que ele nasceu, muito menos o dia. As informações que nos chegaram, dos evangelhos, foram de muito tempo depois (da vida do próprio Jesus), escritas por volta do ano 70 (de nossa era), cerca de 40 anos depois do ‘evento Jesus Cristo’. E temos algumas informações ali que não batem historicamente com aquilo que sabemos historicamente”, explica o historiador, filósofo e teólogo Gerson Leite de Moraes, professor na Universidade Presbiteriana Mackenzie.

 
O mais próximo que temos, são suspeitas de historiadores, de que Jesus possa ter nascido no fim do governo de Herodes, o Grande, portanto entre o ano 6 e 4 antes da Era Comum. Imagina que loucura: Jesus nasceu “antes de Cristo”. Mas isso é assunto para outra pauta. Apenas busco aqui, trazer a curiosidade de que a data mais famosa para o nascimento do Cristo, definitivamente NÃO é a data de seu nascimento.


Então é Natal!

Sei que nem todos os queridos conterrâneos morrem de amores pelo Natal. Afinal, tão controversa quanto suas origens, está também a relação que as pessoas têm com a data.
Alguns o acusam de ser um evento comercial, tendo como principal vilão o pobre do “bom velhinho” – cuja imagem contemporânea vem de um comercial de Coca-Cola –, como se não fossemos nós mesmos os responsáveis por dar a data o devido significado. Sim, meus prezados, porque nós que temos que dar a esse momento o seu propósito ou não de existir.

 
E se deve ser um momento de alegria e celebração, que seja. Se for dia de troca de presentes e ceia à meia-noite, pois bem. Ou se preferirem os amigos estarem recolhidos à orações e reflexões, que o façam. E àqueles que apenas quiserem dormir mais cedo e acordar já aguardando o Reveillon, que não tarda a chegar, é direito que igualmente tem.

 
De minha parte, aprecio a data. E estarei com minha família, recebendo o maior presente que tenho: a presença deles. Algo que procuro usufruir não apenas nesse dia, mas em todos os demais.

 
E o que posso desejar à você leitor, é a felicidade, na forma que ela puder lhe encontrar e lhe fazer sorrir. Um Feliz Natal, desse que vos escreve.

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Armandinho Ribas

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